“PRESENTE” DE NATAL DA TRANSPETRO: DEMISSÃO E PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

A Transpetro substituiu a tradicional brincadeira de amigo secreto pelo cinismo do amigo da onça: demitiu dez trabalhadores nas vésperas do Natal no Terminal de Paranaguá – TEPAR e tornou ainda mais precárias as condições de trabalho dos que ficaram, reduzindo as folgas no turno ininterrupto de revezamento dos vagoneiros.

Já era de conhecimento de todos que, com a partida da unidade de produção de coque na REPAR e a consequente diminuição da movimentação de escuros para o TEPAR, haveria impactos no terminal, porém, a Transpetro sorrateira aproveitou a “oportunidade” para rebaixar direitos, pois, além de reduzir de 5 para 3 trabalhadores por grupo, também reduziu de 5 para 4 grupos, pior, impôs uma jornada diária de 12 horas, ou seja, uma relação de 12 h de trabalho por 36 h de “folga”. 

Essa escala é muito nociva à saúde do trabalhador, pois gera estafa e dificuldade de recuperação do próprio organismo, que fica privado do sono e em estado de tensão devido a muitas horas de trabalho contínuo. Uma condição desumana para um trabalho que, além de tudo, exige grande esforço físico.

A sobrecarga de jornada aos trabalhadores é a expressão de um modelo perverso e incompetente de gestão, que joga todo o peso da “lucratividade” do negócio nos ombros dos trabalhadores, sem preocupação alguma com a saúde ou segurança das pessoas e meio ambiente.

A Direção da Transpetro quer atingir as suas metas de produtividade às custas da saúde dos trabalhadores, colocando em risco as comunidades vizinhas e o meio ambiente, por estar comprovado que a redução de efetivo e a precarização das condições de trabalho elevam em muito o potencial de acidentes, cite-se, como exemplo recente, o incêndio na Refinaria Presidente Getúlio Vargas – REPAR.

Sem tréguas na luta por preservação de direitos na Transpetro

Em novembro de 2012 os petroleiros do TEPAR foram solidários à luta dos vagoneiros em defesa da 5ª turma, e, juntos, venceram e preservaram esta conquista histórica em defesa da saúde. Portanto, até o Natal, estes trabalhadores seguiam a mesma tabela de turno que os empregados próprios da Transpetro.

Vamos nos mobilizar para reverter esta política sanguessuga,

lutar por mais Saúde e Segurança aos trabalhadores!