Abertura do XIX Confup reforça importância da aliança classista para derrotar o fascismo

Congresso prossegue até domingo, 06, em Cajamar, com transmissão ao vivo das mesas temáticas
Foto: Mariana Bomfim/FUP

Com participação de diversas lideranças sindicais e dos principais movimentos sociais do Brasil, o XIX Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros teve início nesta quinta-feira, 03, com a eleição da nova diretoria da entidade e análises de conjuntura, que apontaram a importância estratégica da aliança entre os diversos setores da esquerda para fazer avançar a pauta da classe trabalhadora em um governo de ampla coalisão, que está sob intensa disputa política.

 

A solenidade de abertura do Confup contou com a presença do secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, que deu as boas vindas aos congressistas que estão no Instituto Cajamar, região metropolitana de São Paulo.

 

Ao lado dele na mesa estavam a vice-presidente da CUT, Juvândia Moreira, primeira mulher a presidir o maior sindicato de bancários do país (São Paulo, Osasco e Região), e o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo. Ambos ressaltaram a importância da unidade da classe trabalhadora para derrotar o fascismo e os desafios do movimento sindical autônomo e classista no enfrentamento dessa conjuntura política.

 

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, enfatizou que, apesar do apoio à eleição de Lula e do compromisso da classe trabalhadora organizada em defesa de um governo popular e democrático, “sindicato é sindicato, partido é partido e governo é governo”. Ele lembrou que o próprio presidente da República cobrou que os movimentos sociais e os sindicatos pressionem o seu governo à esquerda.

 

“Esse é um governo de ampla coalisão, com 16 partidos aliados de diferentes matizes políticas, com a direita e o centro disputando o tempo inteiro as nossas pautas. Portanto, cabe ao movimento sindical organizar a classe trabalhadora com sabedoria para dar suporte e ao mesmo tempo pressionar o governo, aliando mobilização e diálogo, sem perder de vista que o nosso maior enfrentamento é contra o fascismo”, afirmou Bacelar.

 

 

 

A mesa de abertura do XIX Confup contou ainda com a presença de Lucinéia Durães, da Direção Nacional do MST, de Raisa Guimaraes, da Coordenação Nacional do MTST, de Gilberto Cervinski, da Coordenação Nacional do MAB e de Anderson Amaro, da Coordenação Nacional do MPA, que reforçaram a importância da aliança entre os trabalhadores do campo e da cidade nas lutas em defesa da soberania energética e da reconstrução de políticas sociais com participação popular.

 

A solenidade que abriu o Congresso Nacional da FUP teve também participação de Vivian Mendes, da direção nacional do partido Unidade Popular (UP), além de mensagens enviadas por dirigentes do PT, do PCdoB e do PSOL.

 

Lourenzon e Guerra, presentes!

Além do tradicional vídeo com imagens de lutas da categoria petroleira, ao som do Hino Nacional, o XIX Confup fez uma homenagem ao ex-diretor da FUP e do Sindipetro PE/PB, Luiz Lourenzon, que faleceu em 20 de abril deste ano. Os petroleiros e petroleiras também homenagearam Hélio Marques Guerra, ex-diretor do Sindipetro NF, referência na organização dos trabalhadores do setor privado, que faleceu no último dia 24 de julho.

 

Sob forte emoção, as delegações que acompanham o Congresso de forma presencial e pela internet entoaram palavras de ordem em homenagem a esses dois sindicalistas que fizeram história e deixaram importantes legados de luta. Lourenzon e Guerrinha, presentes! Hoje e sempre.

 

Desafios da reconstrução

Com o tema “Desafios da reconstrução”, a primeira mesa de debates do XIX Confup, realizada logo após a solenidade de abertura, contou com a participação de Mônica Valente, secretária executiva do Foro de São Paulo e dirigente do PT, do petroleiro Ademir Caetano, da Direção Nacional do PCdoB, e de Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e dirigente do PSOL.

 

O Congresso continua nesta sexta, com mais três mesas temáticas , que serão transmitidas ao vivo pelo canal da FUP no Youtube. Confira a programação:

 

04/08 – Sexta-Feira

08h às 09h – Café da Manhã

09h às 11h30 – Mesa 2: “Os 70 anos da Petrobrás: passado, presente e futuro que queremos”. Convidados: João Antônio de Moraes, ex-coordenador da FUP; Mahatma Ramos dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep); Paulo Galo, líder do Movimento dos Entregadores Antifascistas

11h30 às 13h – Almoço

13h às 15h30 – Mesa 3: “Novas fronteiras e transição energética: desafios para os trabalhadores”. Convidados: Amanda Ohara, da Coordenação do Instituto Clima e Sociedade (ICS); Renata Belzunces, economista do Dieese; Juliane Furno, professora da Faculdade de Economia da UERJ e assessora da Presidência do BNDES

15h30 às 16h – Intervalo

16h às 18h30 – Mesa 4: “Sindicato na luta contra assédios e opressões no Chão de Fábrica”. Convidadas: Maria Luiza da Costa, presidenta da Sempreviva Organização Feminista (SOF) e integrante da Marcha Mundial das Mulheres; Bárbara Geraldo de Castro, professora de Sociologia da Unicamp

19h – Jantar

 

05/08 – Sábado

08h às 09h – Café da Manhã

09h às 10h – Mesa 5: “Lawfare como ferramenta política”, com participação dos ex-dirigentes do PT, Delúbio Soares e João Vaccari Neto

10h às 12h – Mesa 6: “Propostas da FUP para os entraves do ACT”, com participação do coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, e de assessorias (Dieese e Jurídico)

12h às 13h – Almoço

13h às 18h30 – Grupos de Trabalho

GT 1 – AMS e Petros

GT 2 – Regimes; Planos de Cargo e Remuneração

GT 3 – Petrobrás para o Brasil; política de preços e conteúdo local e transição energética;

GT 4 – Saúde, Meio Ambiente e Segurança; Anistia; Efetivo e Relações sindicais

GT 5 – Setor Privado e Terceirizados

19h – Jantar Cultural

 

06/08 – Domingo

08h às 09h – Café da Manhã

09h às 11h30 – Plenária de Encerramento

11h30 às 13h – Almoço

[Da imprensa da FUP]