Em outro caso registrado na noite desta terça (23), um caldeireiro teve o dedo prensado.
A primeira parada de manutenção das unidades da Repar que passaram a operar após a ampliação da planta industrial, entre 2008 e 2011, está sendo marcada por acidentes em série.
Duas novas ocorrências foram registradas na noite desta terça-feira (23). O mais grave envolveu a empresa Centroeste. Um guindaste que atuava nas áreas auxiliares da unidade do Coque não suportou o peso do feixe de permutador e cedeu. Há suspeita que um trabalhador chegou a fraturar o braço neste acidente.
Por conta disso, todas as atividades da parada de manutenção foram suspensas e a gestão resolveu fazer DDS.
O segundo caso escancara a precaridade dos serviços durante a parada. Um caldeireiro da empresa Elos fazia sozinho o aperto de parafusos com um equipamento de torque quando teve o dedo prensado. A referida operação exige dois trabalhadores.
A parada de manutenção da Repar começou no dia 04 de janeiro e envolve cerca de 2,7 mil terceirizados. Desde o início do processo, já foram registrados seis acidentes de trabalho, sendo cinco com contratados e um com trabalhador próprio.
“A grande incidência de acidentes na parada está diretamente ligada à pressa que os gerentes da Repar impõem às terceirizadas. A pressão é grande e o resultado é o que temos visto aí, um acidente atrás do outro”, critica Thiago Olivetti, diretor do Sindipetro Paraná e Santa Catarina.
O Sindicato acompanha de perto a parada para fiscalizar as condições de trabalho. Contudo, os trabalhadores que verificarem alguma situação irregular devem encaminhar relato e possíveis provas (documentos, fotos e vídeos) para o e-mail denuncia@sindipetroprsc.org.br .