Omissão da Petrobrás pode levar a paralisações generalizadas nas contratadas da refinaria.
O Sindipetro PR e SC participou nesta segunda-feira (05) de mais uma audiência mediadora no Ministério Público do Trabalho (MPT) juntamente com a Impaktus Engenharia, empresa que presta serviços na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, para dar sequência nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT/2022).
Participaram do encontro o presidente do Sindicato, Alexandro Guilherme Jorge; o diretor sindical, Luciano Zanetti; e o assessor jurídico do Sindipetro, Dr. Michael Willian Conradt. Além do gerente operacional da empresa, Gustavo Alencar Moreira; e sua advogada, Dra. Ivanildes Cardoso Prestes. O MPT havia solicitado a presença da Petrobrás, no entanto, a empresa manifestou não ter interesse em participar da mediação.
Na audiência, os representantes da Impaktus reiteraram que não disponibilizam de caixa para fazer o aumento salarial proposto no ACT sem que haja alteração no valor do contrato junto à Petrobrás. A empresa destacou ainda que não afasta a possibilidade de rescisão antecipada do contrato, caso tenha que arcar com o reajuste dos técnicos contratados.
O MPT sugeriu um piso salarial intermediário, entre a remuneração atual dos trabalhadores e a proposta do ACT, que representa um aumento aproximado de 29%. O procurador também solicitou novamente a participação da Petrobrás na mediação, uma vez que a estatal é fundamental para a readequação do contrato com a empresa. As partes têm o prazo de 15 dias para manifestarem interesse no prosseguimento da mediação.
O Sindipetro irá convocar os trabalhadores e trabalhadoras da Impaktus para discutir e deliberar sobre os próximos passos. Caso não haja avanço nas negociações com a empresa, o Sindicato não descarta a possibilidade de greve da categoria. A entidade reafirma ainda o seu compromisso de buscar a melhor negociação para os trabalhadores.
Confira a ata da audiência do Ministério Público do Trabalho nos anexos, abaixo.
| Juce Lopes