Impediram a participação de dirigente sindical em reunião com trabalhadores. Claro que tinha algo errado pairando no ar.
Onde tem fumaça, certamente há fogo. Na tarde desta segunda-feira (01 de julho), um dirigente do Sindipetro PR e SC, liberado para representar a Transpetro, foi até o Terminal de São Francisco do Sul (Tefran), que é sua unidade de lotação, mas teve o acesso impedido. Seu crachá estava bloqueado.
De imediato, contatou a Gerência Geral e teve seu acesso liberado, mas pelo portão lateral, quase que de forma clandestina.
Dirigiu-se até a sala de videoconferência e, instantes antes de começar a reunião a que foram convocados todos os funcionários próprios da Transpetro/Sul, dois gerentes locais pediram para conversar com o ele lá fora. Solicitaram para que não participasse da reunião, pois se tratava de “assunto de trabalho”.
O diretor sindical tentou argumentar e chegou a ligar novamente para a Gerência Geral, mas sua participação não foi autorizada.
Pouco tempo depois, descobriu a armação. A reunião foi para tentar enganar os trabalhadores de que a privatização da Repar não impactaria a Transpetro, pois continuaria operando os dutos. Mentira deslavada! Os ativos logísticos integrados às refinarias que foram colocadas à venda estão no mesmo pacote.
Chega a ser impressionante a desfaçatez dos gestores da Transpetro. Impediram a participação de um dirigente em reunião convocada para ludibriar os funcionários. Haja óleo de peroba para a cara-de-pau dos chefetes.
Na próxima quinta-feira (04) haverá reunião entre o Sindipetro PR e SC e a Gerência Geral da Transpetro na Região Sul para tratar da pauta local de reivindicações. Não há hipótese deste episódio de charlatanismo corporativo ficar de fora da conversa. Não mesmo!