Uma série de acidentes foi registrada nos últimos dias e coloca mais uma vez a política de (in)segurança da Petrobrás em xeque. Enquanto o lucro for a prioridade máxima da Companhia, as vidas dos trabalhadores seguirão em risco.
O primeiro acidente foi uma explosão na área de ETDI da Refinaria de Manaus (Reman), ocorrida às 22h50 do último sábado (16), feriu o operador Antonio Rafael Santana, de apenas 24 anos, que teve 75% do corpo queimado. O trabalhador deve ser transferido para o Hospital da Força Aérea Brasileira, no Rio de Janeiro, mas a remoção só poderá ser realizada quando o quadro estiver estabilizado. Seu estado de saúde é gravíssimo.
No mesmo dia aconteceu outro acidente, desta vez na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), onde um operador da U-1530 realizava manobra de drenagem quando foi atingido por mistura de MIBK/ÓLEO (produto com temperatura de 180o C). Ele sofreu irritações na face, pescoço e olhos. A Reduc registrou três acidentes na terça-feira passada (12). Na U-2200, a vítima teve cortes na região do braço. Na Subestação elétrica, Sub-340, um trabalhador teve ferimentos no rosto. Já o último, na U-2500, um armador de andaime cortou o supercílio.
Na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão-SP, um operador teve cerca de 20% do corpo queimado nesta terça-feira (19), durante o procedimento de LIBRA (libragem). Ele estaria bloqueando uma válvula para a remoção de uma outra válvula de carga para o forno, a fim de iniciar a operação, quando uma mangueira sob pressão se soltou e causou os ferimentos.