Superaquecimento de tubulação mobilizou várias equipes de trabalhadores e colocou a refinaria em risco de explosão e incêndio.
Uma situação de emergência deixou os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) em alerta. Por volta das 16h00 desta segunda-feira (14) foi detectado uma tubulação incandescente no forno da Unidade de Geração de Hidrogênio (U-2600).
O problema mobilizou um grande contingente de trabalhadores e um grupo inteiro do setor de hidrodessulfurização (HDS) teve que dobrar o expediente à zero hora para atuar na paralisação da Unidade.
À primeira vista, o caso pode parecer simples, mas não é. A condição é gravíssima e colocou a refinaria em risco de explosão e incêndio. A tubulação que apresentou problemas fica na saída de um reformador, equipamento com gás rico em hidrogênio e em temperatura elevadíssima, acima dos 800° C.
A emergência foi controlada pelos operadores. A suspeita, após a parada total da unidade, é de um furo em uma linha chamada “pigtail” – junção de vários tubos na saída do forno.
O caso expõe, mais uma vez, o processo de sucateamento que a Repar atravessa. A U-2600 passou por procedimento de parada de manutenção no início do ano e já apresenta problemas gravíssimos de operação.
É a velha e conhecida história de precarizar para privatizar. Enquanto isso, vidas de trabalhadores e da comunidade no entorno da fábrica são colocadas constantemente em risco.