A partir da zero hora do sábado (01/02) os petroleiros de todo Brasil entram em greve. Os trabalhadores estão mobilizados contra as demissões em massa nas unidades da Petrobrás, principalmente dos mais de mil trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR), ação que descumpre o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria.
Em Araucária, as unidades da Petrobrás representam 76% da arrecadação do polo industrial, que mantém uma das maiores refinarias do Brasil e a maior arrecadadora individual do estado, Repar, a única fábrica de fertilizantes nitrogenado ainda em operação no país (Fafen-PR) e a Usina do Xisto (SIX), que está no radar de vendas da estatal, em São Mateus do Sul.
Atualmente a Petrobras, caso mantenha essa política de desindustrialização, pode gerar um colapso econômico no Paraná, com milhares de desempregados, encerrando uma cadeia econômica produtiva e local. Trata-se do fim da atuação da maior empresa do Brasil no Paraná e no sul do Brasil.
Diante disso, não resta alternativa aos petroleiros se não o exercício legítimo de greve. É o futuro de milhares de famílias em jogo.
O Sindipetro PR e SC orienta a categoria a seguir alguns padrões, posturas e regras que vão garantir a sua segurança física e jurídica, assim como os seus direitos como grevista. Confira o GUIA de GREVE e a CARTILHA DE GREVE anexados abaixo.
Atenção:
:: Não assine nenhum documento individual encaminhado pela Petrobrás
:: Caso a Petrobras insista que você assine qualquer documento que, por exemplo, dê a sua autorização para que permaneça na unidade durante a greve, não assine.
:: Denuncie ao Sindipetro qualquer tipo de assédio que venha a sofrer para que a entidade sindical tome as providências jurídicas cabíveis.
:: Ao se sentir pressionado, grave as conversas com a gerência e encaminhe o áudio para o Sindipetro (veja abaixo os canais de comunicação). Precisamos comprovar as situações de assédio.
:: As provas de assédio farão parte das ações que a assessoria jurídica do Sindipetro irá impetrar na justiça para criminalizar todos os gerentes e supervisores que estejam assediando os trabalhadores.
:: Quando o gerente ou supervisor for lhe assediar, lembre-se que ele também participou das assembleias que decidiram pela greve, e, portanto, deve respeitar a decisão da maioria.
:: Ao chegar ao local de trabalho durante a greve, junte-se à direção sindical nos piquetes, em todas as frentes.
:: Converse com o seu companheiro e não ceda à pressão das gerências.
:: Lembre-se que é ilegal o trabalhador da Petrobrás dar ordens a trabalhador terceirizado em período de greve
:: A greve é um direito previsto em lei, portanto, durante o movimento paredista o seu contrato de trabalho estará suspenso e não poderá haver demissões.
Canais para denúncias
:: denuncia@sindipetroprsc.com.br
:: 41 98805-2544 Mário Dal Zot (diretor-presidente Sindipetro PR e SC)
:: 41 98863-5860 Alexandro Guilherme Jorge (Repar – Araucária)
:: 41 99779-0017 Rafael Palenske (Usina do Xisto – São Mateus do Sul)
:: 47 98456-3790 Jordano Zanardi (Bases da Petrobrás em Paranaguá/PR e Santa Catarina)