Para o Sindiquímica/PR, tal ato não vai intimidar suas ações na luta contra a precarização das condições dos trabalhadores.
Dos nove disparos, seis alvejaram a sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná (Sindiquímica/PR), na última sexta-feira, 14 de setembro de 2012, noite da posse da diretoria eleita. As pessoas que ainda se encontravam no local, ao final da solenidade, foram surpreendidas com a presença de um indivíduo que disparou contra todas as janelas da sede do Sindicato, evadindo-se em seguida.
A diretoria não vê qualquer ligação entre o ataque e a disputa eleitoral, uma vez que a eleição ocorreu sem chapa adversária ou qualquer episódio que pudesse ter relação com o ocorrido. Para a representação sindical, o atentado tem conotação política com objetivos de intimidação. É bastante simbólico o fato de os disparos dirigidos contra a entidade terem ocorrido no dia da posse da nova diretoria.
Além da presença dos trabalhadores petroquímicos, na solenidade da posse estavam presentes a Vereadora Professora Josete, o coordenador da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos, Darci Frigo, representantes do Deputado Estadual, Tadeu Veneri, e do Deputado Federal, Dr. Rosinha, e, ainda, representantes da CUT e de outros Sindicatos.
Agora, o que se espera é que ocorram as devidas investigações por parte das autoridades, a fim de apurar a responsabilidade pelo atentado.
Com uma postura combativa em relação à violação de direitos e visando sempre garantir a melhoria nas condições de vida dos trabalhadores, o Sindiquímica/PR apresenta um histórico de intensa luta em defesa da classe trabalhadora.
Buscando exercer de forma livre e autônoma seu direito à organização, recentemente, o Sindicato fez denúncia sobre práticas antissindicais junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
As perseguições são recorrentes. O saldo da ultima negociação salarial foi a demissão de 12 trabalhadores e 5 advertências, além do descumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado perante o Ministério Público do Trabalho pela Ultrafértil, que integra a Vale Fertilizantes, da Vale S.A., que recebeu neste ano de 2012 o “prêmio” internacional Public Eye Awards de pior empresa do mundo.