Aniversário da Petrobrás

Ato na Repar/Fafen celebra os 72 anos da Petrobrás e reforça a luta por ACT digno e em defesa da estatal

Esta sexta-feira (03) foi marcada por uma grande mobilização na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), unidades da Petrobrás localizadas em Araucária, que contou com a participação de centenas de trabalhadores e trabalhadoras, próprios, terceirizados e aposentados.

O ato foi organizado pelo Sindipetro Paraná e Santa Catarina, em conjunto com o Sindiquímica-PR e o Sindimont-PR, para celebrar os 72 anos da Petrobrás e, ao mesmo tempo, cobrar da gestão um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) digno e a defesa do Sistema Petrobrás. O evento fez parte da campanha nacional coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que promoveu manifestações em diversas unidades da estatal do país.

A mobilização trouxe à tona bandeiras fundamentais para a categoria, como o fortalecimento da Petrobrás, a repartição justa da riqueza gerada pelo petróleo, o equacionamento dos déficits da Petros e a defesa da PBio, ameaçada pela tentativa de privatização e terceirização de postos de trabalho.

Durante o ato, Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro PR e SC, destacou o valor simbólico e concreto da celebração dos 72 anos da Petrobrás. “Hoje vamos celebrar o resultado do nosso trabalho, celebrar o resultado daqueles e daquelas que já deixaram suor, sangue e alguns deixaram até suas vidas para termos uma empresa do tamanho da Petrobrás. Celebrar que essa maior empresa do país ainda é a empresa do povo, que trabalha com uma riqueza que é do povo, porque tudo o que está embaixo do subsolo é nosso. Então, dividir o dinheiro do petróleo não é favor nenhum, esse dinheiro é nosso por direito, de toda a sociedade brasileira, em especial desse público, que vem aqui e arrisca a vida todo o dia nessas fábricas”, afirmou.

A lembrança da resistência contra o processo de desmonte da Petrobrás também esteve presente nas falas. Gilmar Lisboa, presidente do Sindimont e vereador de Araucária (PT), rememorou o período em que a refinaria quase foi privatizada. “A luta que foi feita pelos três sindicatos aqui na Repar foi fundamental para barrar e impedir a venda, porque ela já estava em vias de processo de privatização. Isso quase aconteceu porque os que estavam no poder no governo anterior têm preguiça de trabalhar, porque o que eles sabem fazer é privatizar, entregar nossas empresas ao capital estrangeiro e à exploração de outros países. Não venderam a Repar por muito pouco, porque houve uma intensa luta de resistência do Sindicato dos Petroleiros, do Sindimont, do Sindiquímica e dos nossos representantes dos partidos da esquerda”, lembrou.

A mobilização também reforçou o papel estratégico das lutas coletivas para garantir avanços. Rodrigo Maia, o Pexe, coordenador do Sindiquímica-PR, ressaltou que conquistas só são possíveis com organização e participação da categoria. “Sem mobilização a gente não alcança as nossas pautas. A Fafen está voltando, estamos felizes, alegres, as coisas estão andando, mas a gente precisa de mais. Temos que fazer essa fábrica produzir com qualidade, com segurança, para dar mais lucro ainda, mas é preciso que esse lucro seja revertido em salários dignos para os trabalhadores e trabalhadoras próprios e terceirizados”, destacou.

O ato na Repar reafirmou o compromisso dos sindicatos de continuar defendendo uma Petrobrás estatal, integrada e a serviço do Brasil. A celebração dos 72 anos da companhia foi um grito de resistência em defesa da Petrobrás e por direitos para os trabalhadores e para o povo brasileiro.

 

Confira mais fotos do ato:

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