Petroleiros, petroquímicos e trabalhadores da montagem e manutenção industrial realizaram um ato unificado nesta terça-feira (3), data na qual a Petrobrás completou 70 anos. (confira o vídeo no final desta matéria)
A manifestação aconteceu na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária, e cobrou um projeto de desenvolvimento socioeconômico para o país, com a reconstrução da estatal e retorno dos investimentos na indústria nacional, gerando emprego e renda.
Representantes de entidades sindicais, movimentos sociais e partidos políticos do campo progressista somaram forças ao ato unificado. O coordenador do Sindiquímica-PR, Marco Godinho, destacou os novos investimentos da estatal. “É importante comemorarmos os 70 anos da empresa. Passamos por um período de desmonte do Sistema, e agora estamos começando a retomada, que inclui o retorno da Petrobrás ao setor de fertilizantes.”
O diretor da FUP e do Sindipetro PR e SC, João Felchak, destacou o papel histórico da companhia. “Lá atrás, alguém acreditou que o petróleo era nosso. E a gente continua acreditando. Recentemente, o Ibama autorizou a exploração na margem equatorial. Trata-se de uma empresa grande, majestosa, que tem trazido bastante pesquisa e buscado empenho para fazer com que o petróleo continue sendo nosso. Passamos por um governo que quis vender inclusive a Repar. A SIX, no apagar das luzes, dois dias após as eleições, foi vendida. Mas nós vamos retomar. A SIX vai voltar a ser Petrobrás”, afirmou.
O presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge, destacou o período de luta enfrentado pelo sindicato nos últimos anos contra o desmonte da estatal. “O ato tem que ter um significado muito grande para nós, porque não era para estar ninguém aqui. O destino deste complexo industrial era acabar. Aqui, está cheio de gente que viveu isso na pele. Basta só olhar para o lado e ver essa fábrica fechada há três anos e meio, o que resultou em mais de mil desempregados, com alguns ainda procurando recolocação”, lamentou.
Alexandro também lembrou aos trabalhadores que, apesar da mudança de governo, ainda há muito a ser conquistado. “A grande diferença está em nos enxergarmos enquanto classe trabalhadora, enquanto potência coletiva, que pode muito mais. Essa empresa lucrou só no ano passado R$ 200 bi, faturou R$ 640 bi. Sabe o que isso quer dizer? Que se ela dobrasse o salário de todos que estão aqui, não faria diferença nenhuma. Se triplicasse os contratos de qualquer empresa que está aqui, prestadoras de serviço, não faria diferença nenhuma. Nem para a Petrobrás e nem para nenhuma dessas empresas. Mas, enquanto não tivermos essa noção de consciência de classe e de que todos nós precisamos estar unidos, um pouco de toda essa riqueza que produzimos e que poderíamos repartir, não irá chegar”, refletiu.
Diversas cidades do país registram atos em defesa da soberania nacional. O aniversário da Petrobrás representa um dia de mobilização da categoria petroleira, das centrais sindicais e dos movimentos sociais que buscam, por meio da estatal, um futuro mais justo e próspero para todos.
Lançamento da campanha Outubro Rosa
A petroleira, enfermeira do SUS e diretora sindical, Elisangela Costa, lembrou a categoria sobre a importância do autocuidado para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. “Orientem as mulheres que vocês conhecem e estejam atentos para procurar ajuda, pois quanto antes for combatido, maiores são as chances de vida”, ressaltou.
Confira o vídeo do ato!