A Petrobrás agendou para terça-feira (15) de manhã, no Edisen, reunião emergencial com os dirigentes da FUP e da FNP para tratar da política de SMS da empresa
Atendendo ao chamado da FUP e de seus sindicatos, a categoria petroleira participou dos atos e atrasos realizados na manhã desta sexta, 11, em diversas bases do Sistema Petrobrás. As manifestações foram um chamado à responsabilização da empresa com a vida e a saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores, sejam eles próprios ou prestadores de serviço.
Entre sábado (05) e terça (08), três trabalhadores perderam a vida em situações trágicas que estão diretamente relacionadas às condições inseguras que expõem a categoria diariamente a riscos. Diante desta situação trágica, a FUP e a FNP suspenderam a negociação da PLR com a Petrobrás e subsidiárias e exigiram uma reunião emergencial para discutir medidas efetivas de mudanças na política de SMS. A gestão da empresa agendou para terça-feira (15) de manhã, no Edisen, a reunião com os dirigentes das duas federações.
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Os atos desta sexta reforçaram as denúncias e as cobranças que as representações sindicais têm reiteradamente feito sobre a insegurança crônica e a iminência de um grande acidente industrial no Sistema Petrobrás.
“Tudo o que queremos é ter um bom dia de trabalho e podermos voltar para os nossos lares com integridade física. Não podemos aceitar que o nosso trabalho seja feito sem segurança, temos que ter direito de recusa”, afirmou a diretora da FUP, Bárbara Bezerra, durante o ato no Terminal de Cabiúnas, onde a engenheira Rafaela de Araújo, de 27 anos, morreu, após ser atingida por um rolo compactador em um acidente na segunda-feira (07).
Além do Terminal de Cabiúnas, em Macaé/NF, houve atos na Refinaria Abreu e Lima e noTerminal de Suape (PE), na Lubnor (CE), na Regap (MG), no Edivit (ES), na Replan (Unificado SP), na Reduc (Duque de Caxias) e na Refap (RS), onde a manifestação foi realizada ontem, devido às previsões de chuva para hoje na região.
Durante o ato na Refap, a diretora de Saúde, Meio Amabiente e Segurança da FUP, Miriam Cabreira, enfatizou a urgência de mudanças radicais na política de SMS da Petrobrás. “Precisamos de uma verdadeira revolução na política de saúde e segurança da Petrobrás. O que falta para a gestão da Petrobrás perceber que o que está sendo feito está dando errado”, alertou.
Na Replan, o ato pela vida mobilizou trabalhadores próprios e prestadores de serviço, que atrasaram por três horas a entrada na refinaria. A manifestação, realizada pela Sindipetro Unificado de SP, contou com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campinas e Região.
O diretor da FUP, Juliano Deptula, também criticou o atual modelo de gestão que, embora tenha gerado mais empregos, ainda trata a segurança de forma inadequada: “Nossa briga é para que esses empregos, especialmente dos terceirizados, tenham mais qualidade. E isso não é só sobre salários e benefícios, mas sobre segurança no trabalho. Precisamos ter a garantia de que vamos entrar para trabalhar e sair com vida”, afirmou.
Confira como foram os atos desta sexta nas bases da FUP
[Da comunicação da FUP, com informações dos sindicatos]