Audiência pública em defesa da Petrobrás lota Câmara de Araucária

O plenário da Câmara de Municipal de Araucária ficou cheio na noite de terça-feira (11) durante a audiência pública em defesa da Petrobrás. O evento foi organizado pelo Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Sindiquímica-PR, Sismmar (Sindicato do Magistério de Araucária), APP-Sindicato e movimentos sociais.

 

A Petrobrás é a alavanca da economia de Araucária, sede da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que injeta 67% do valor adicionado da indústria no município. A cidade tem a segunda colocação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, com 6,1%, atrás apenas da capital, e tem o maior PIB per capita (R$ 94.966) do Paraná, conforme os dados de 2012.

 

No âmbito estadual, a refinaria é responsável por um quarto do PIB industrial do Paraná e por 7% do PIB total do estado, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). No cenário nacional, a Petrobrás responde por 13% do PIB. Por isso, a defesa da Petrobrás é estratégica para o desenvolvimento econômico e social de todo o país. “A empresa é um patrimônio nacional e nossa luta deve ser para mantê-la estatal e cada vez mais pública. Os ataques que ela vem sofrendo não tem outro objetivo senão o de prejudicar a imagem da empresa perante a opinião pública e, assim, jogá-la nas mãos do mercado privado. Não permitiremos que isso aconteça. Os lucros da Petrobrás devem ser utilizados em benefício da população brasileira, aplicados em saúde, educação e infraestrutura, e não para engordar os bolsos dos empresários”, afirmou Mário Alberto Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC.

 

Para o coordenador do Sindiquímica-PR, Gerson Castellano, a audiência foi importante “porque envolve a sociedade local, onde estão instaladas a Repar e a Fafen (Fábrica de Fertilizantes), que são unidades da Petrobrás imprescindíveis para o desenvolvimento de Araucária e de todo Paraná. O evento também reforça os laços entre as entidades e a sociedade”.

 

Durante a audiência, os participantes construíram a carta “Defender a Petrobrás é Defender Araucária”, documento que ressalta a gravidade do momento e a necessidade da luta de toda a sociedade em prol da petrolífera estatal. O documento foi enviado à mesa diretora da Câmara para que os vereadores possam subscrevê-la e, assim, participar da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás.

 

As audiências de criação das frentes parlamentares continuarão sendo realizadas em diversas cidades do estado. Na próxima semana, as entidades estarão na Câmara de Curitiba para solicitar a promoção da atividade. Já foram constituídas frentes parlamentares nas Assembleias Legislativa do Paraná (Alep) e Santa Catarina (Alesc), assim como na Câmara de São Mateus do Sul.