Evento, promovido pelo mandato da Professora Josete com apoio da CUT-PR, acontecerá na quinta-feira (23).
A Câmara Municipal de Curitiba sediará na próxima quinta-feira (23/5), a partir das 14h, a Audiência Pública Impactos da Reforma da Previdência. O evento, promovido pelo mandato da vereadora Professora Josete (PT) com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná, é aberto a toda população e será realizada no auditório do Anexo II da sede do Legislativo.
O debate contará com as presenças de Ludimar Rafanhim, advogado, consultor na área legislativa e especialista em regimes próprios de previdência do servidor público; Mirian Gonçalves, advogada e coordenadora do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra); Sandro Silva, economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) e um representante do Comitê Paranaense Quero me aposentar (a confirmar o nome).
Desde a confirmação da vitória de Jair Bolsonaro (PSL), as atenções de sua equipe econômica estão voltadas para a proposta que altera o sistema de aposentadoria e retira direitos de trabalhadores, idosos, mulheres, viúvas e agricultores. A reforma que o governo pretende implantar é chamada de “sistema de capitalização”, modelo adotado no Chile há cerca de 30 anos.
De acordo com Josete, a Câmara Municipal é um local adequado para debater um tema tão relevante, que irá impactar a vida dos cidadãos e cidadãs, que coloca em risco a aposentadoria do povo brasileiro. Para a parlamentar, a reforma proposta pelo governo Bolsonaro é excludente. “O modelo que o governo quer implantar colocou os idosos chilenos na condição de indigência, com dificuldade extrema de se sustentarem”.
A vereadora classifica a reforma como uma “contrarreforma” que visa atender interesses dos setores do mercado, os grandes bancos, retirando dos pobres para beneficiar os ricos. “O governo usa o discurso do fim dos privilégios, mas se essa é intenção porque não cobrar a dívida dos grandes devedores da Previdência, em especial dos bancos? Porque não combater os grandes sonegadores de tributos, que deixam de pagar bilhões por ano?”, questiona.