O Coletivo de Mulheres Petroleiras do Sindipetro Paraná e Santa Catarina realiza reunião ampliada e convida todas as trabalhadoras do Sistema Petrobrás para participarem. Será no dia 01 de novembro, próxima terça-feira, às 17h30, na Sede do Sindicato (R. Lamenha Lins, 2064, Rebouças – Curitiba).
O objetivo do encontro é debater e provocar a reflexão sobre os avanços e retrocessos sociais que impactam nas vidas das mulheres, uma vez que estamos às vésperas da “Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, que ocorre de 25 de novembro a 10 de dezembro.
A Campanha foi lançada em 1991 pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL/EUA) e a data de início, dia 25, marca o assassinato brutal das irmãs Mirabal, Minerva, Pátria e Maria Tereza, conhecidas como “Las Mariposas”, ocorrido em 1960 pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. Mais de 130 países já aderiram e no Brasil os movimentos feministas e de mulheres realizam atividades alusivas à campanha desde o dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra, lembrando que as mulheres negras sofrem dupla discriminação e são alvos de violência constantes. Além das datas já citadas acima, destacam-se também:
1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à HIV/Aids, e 6 de dezembro, Dia do Laço Branco – homens unidos pelo fim da violência contra as mulheres. A data refere-se ao massacre ocorrido na Escola Politécnica de Montreal (Canadá) em 1989, na qual 14 estudantes do sexo feminino foram assassinadas e 13 ficaram feridas. A chacina foi desferida por Marc Lépine, que entrou armado em uma classe de engenharia mecânica, forçou os homens a se retirarem e atirou nas mulheres. A data é lembrada como símbolo da misoginia e inspirou a Campanha do Laço Branco – mobilização mundial de homens unidos pelo fim da violência contra as mulheres.
O calendário de conscientização termina no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos, data oficial instituída em 1950, dois anos após a Organização das Nações Unidas (ONU) adotar a Declaração Universal do Direitos Humanos como marco legal regulador das relações entre governos e pessoas.
Esse período será aproveitado para avaliar a presença da violência contra as mulheres, visto que apesar dos avanços de ações institucionais e de políticas públicas, a implementação dessas medidas acontece de forma muito lenta. No primeiro ano de vigência da Lei do Feminicídio (Nº 13.104/2015). Somente no Ministério Público do Paraná (MP-PR) foram ajuizadas 156 denúncias e atualmente constam no sistema 209 denúncias protocoladas por esse tipo de crime. Esses números foram disponibilizados pelo MP-PR, porém a expectativa é na realidade sejam bem maiores, já que as mulheres não têm coragem de denunciar.
Os dados sobre estupro também são alarmantes. No Brasil, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada. São 130 mulheres estupradas todos os dias. Esses são dados subnotificados, porque as pesquisas mostram que apenas 10 % dos casos de mulheres estupradas e 35% das mulheres que apanham dos seus companheiros são reportados oficialmente. E a brutalidade não para por aí: 70% dessas vítimas de estupro são crianças e adolescentes, mais de 80% do sexo feminino. Trata-se de uma questão que compreende todas as mulheres. Por isso, aguardamos todas as petroleiras no dia 01 de novembro, na Sede do Sindicato, para refletirmos sobre a condição das meninas e mulheres em nossa sociedade e buscarmos ações que possam mudar esse retrato.
:: Serviço
Reunião do Coletivo de Mulheres Petroleiras do Sindipetro PR e SC
Data: 1º de novembro – terça-feira
Horário: 17h30
Local: Sede do Sindicato – R. Lamenha Lins, 2064, Rebouças – Curitiba-PR
Tragam as crianças!
Para garantir assistência infantil durante a reunião, solicitamos que confirme sua presença e informe o número de crianças, bem como as respectivas idades, através do e-mail liliane@sindipetroprsc.org.br ou pelo telefone (41) 3332-4554.
