A audiência pública interativa (virtual e presencial) promovida pela CAE do Senado acontece nesta terça-feira (24), às 11h. O Sindipetro PR e SC convoca a categoria para participar enviando perguntas e comentários na área do evento interativo.
A dependência do Brasil da importação de fertilizantes é tema recorrente no debate central de quem está preocupado com a soberania e a segurança alimentar do Brasil. Para tanto a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado promove nesta terça-feira (24), às 11h, sala 3 da ala Alexandre Costa, audiência pública interativa (virtual e presencial). A FUP foi convidada a debater os impactos econômicos dessa dependência e será representada pelo diretor Gerson Castellano.
O Sindipetro PR e SC convoca os petroleiros e petroleiras para acompanhar e participar enviando perguntas ou comentários na área do evento interativo. A reunião está programada para ser transmitida ao vivo nas redes sociais do Senado Federal.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), proponente do debate, alega que, nas circunstâncias atuais, a compra de fertilizantes ao exterior, especialmente da Rússia, terá forte impacto sobre a economia brasileira, em especial sobre a agricultura, podendo afetar a soberania e a segurança alimentar do Brasil.
“O conflito armado entre Rússia e Ucrânia evidenciou nossa dependência da importação de fertilizantes. Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes, atrás da China, da Índia e dos Estados Unidos, mas é o maior importador mundial desses insumos. O Brasil é o quarto maior produtor de grãos e o segundo maior exportador do mundo. Tal produção requer larga utilização de fertilizantes. No entanto, hoje, 85% desses produtos são importados, tendo sido a Rússia, em 2021, responsável pela maior parcela de importações, 23%, seguido pela China, com 14%, e Belarus, com 3,4%”, ressalta Jaques Wagner no requerimento (REQ 7/2022).
A Federação Única dos Petroleiros foi convidada para o debate e seu representante será o diretor Gerson Castellano, que destacou o debate como “fundamental diante da crise que vivemos nesse setor de fertilizantes, uma vez que o governo federal nos últimos anos pós golpe relegou o setor a segundo, terceiro e quarto plano e nada investiu para resolver o problema, que a FUP já tinha alertado há muito tempo. A Federação avisou a Petrobrás que sair do setor de fertilizantes era um erro já que é um setor estratégico para o país pois, além de ajudar o agronegócio é fundamental para alimentar toda a população brasileira”. Castellano completou, “essa inflação sobre nos alimentos que se vive hoje é resultado da falta de planejamento do governo nesse setor, como em tudo, é um governo que infelizmente não tem plano para nada”.
Também foram convidados a participar da audiência pública os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Ministério da Economia, do Ministério das Relações Exteriores, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), do Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool, da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja BR), da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), da Petrobras, da Associação Nacional para Difusão de Adubos, da petroquímica Unigel e do setor de óleo e gás.
[Imprensa da FUP e Sindipetro PR e SC – com informações da Agência Senado]