Contraproposta da Petrobrás será avaliada dia 02 pelo Conselho Deliberativo da FUP

Conforme cobrança da FUP, a Petrobrás apresentou na segunda-feira, 31, uma contraproposta, formalizando as proposições já apresentadas em suas duas cartas de encaminhamento. Na quarta-feira, 02, a FUP e seus sindicatos voltam a se reunir no Conselho Deliberativo para avaliarem conjuntamente a contraproposta da empresa e discutirem os próximos encaminhamentos em relação à campanha reivindicatória. Clique aqui para ver a íntegra da proposta.

Os sindicatos continuam dando sequência ao calendário de lutas definido na última reunião do Conselho Deliberativo, realizada dia 21, em Guarulhos (SP). A orientação da FUP é para a categoria se preparar para as próximas paralisações surpresa, que serão deflagradas a qualquer momento, bem como intensificar a “Operação Gabrielli”, iniciada no último dia 27, quando a Petrobrás apresentou sua contraproposta econômica.

No dia 28, a FUP realizou mais uma rodada de negociação com a empresa, levando à mesa reivindicações que haviam sido descartadas pela Gerência de RH nas reuniões anteriores. Durante mais de sete horas de negociação, a FUP também buscou avanços em pontos fundamentais para a categoria, como uma nova política de SMS que defenda a vida, melhoria dos benefícios (AMS, Petros, benefícios educacionais, entre outros), igualdade de direitos, aumento de efetivos, fim das práticas antissindicais, entre outras reivindicações, como reabertura do PCAC, extensão para todos os trabalhadores dos dois níveis concedidos aos profissionais Júnior, ATS e dobradinha.

Novas paralisações surpresa e continuidade da “Operação Gabrielli”

Em estado de greve, os trabalhadores do Sistema Petrobrás realizaram no dia 27 paralisações surpresa nos terminais de Cabiúnas (Macaé), São Caetano do Sul (SP) e Coari (Amazonas) e na sonda 116, no campo de produção terrestre de Buracica, na Bahia. Também no dia 27, teve início a “Operação Grabrielli”, que vem desmascarando o desrespeito dos gestores da empresa às normas de SMS. Para atenderem a qualquer custo as metas de produção, os gerentes têm exposto diariamente os trabalhadores a diversas situações de risco, como tem denunciado a categoria. Através da “Operação Gabrielli”, os petroleiros estão desafiando os gestores e cumprindo rigorosamente todos os procedimentos de segurança, provando para o presidente da empresa que os acidentes que já mataram 309 trabalhadores nos últimos 16 anos não foram por “indisciplina operacional”, como ele alegou no Fórum Nacional de Práticas de SMS. As mortes, mutilações e subnotificações de acidentes na Petrobrás são resultado da falta de vontade política da empresa de se contrapor à cultura autoritária das gerências, que violam leis, atropelam acordos, descumprem normas internas e desprezam os alertas dos trabalhadores sobre a insegurança e os riscos a que são submetidos no dia a dia.

 

Imprensa da FUP