Com o impasse na negociação do Efetivo Mínimo e as protelações sistemáticas, mesmo para o tratamento de reivindicações simples e objetivas, como desjejum e a higienização de toalhas, a categoria decidiu iniciar no dia 13 de setembro a operação segura para demonstrar que não aceitaria ser ignorada. Mesmo assim, apesar dos compromissos assumidos pela REPAR de realizar uma reunião na quarta ou quinta desta semana, a postura dos gerentes foi de manter o desdém, cancelando a agenda e a retomada da mesa de negociação de efetivo. A resposta não poderia ser outra: intensificar as mobilizações.
Foi grande a participação nas três sessões de assembleias de quinta-feira (22) – duas em frente à Refinaria e uma na sede do Sindipetro Paraná e Santa Catarina – para levantar a posição dos trabalhadores sobre a negativa da Direção da Repar em relação à reabertura das negociações para o aumento do número de postos de trabalho na Refinaria a um patamar que garanta segurança aos trabalhadores e comunidades próximas.
No total, 233 participaram das consultas. O estado de greve foi aprovado por 229 petroleiros, o que representou 98,28% do universo de votos. Já a paralisação foi aprovada 93,13% (217 votos) dos trabalhadores presentes às assembleias.
O Sindicato buscará a adesão maciça ao movimento. Dirigentes sindicais e trabalhadores estarão desenvolvendo atividades em frente à Repar para sensibilizar e orientar os petroleiros a participarem do movimento.
OPERAÇÃO SEGURA – PT ÚNICA – PT ZERO – Passos naturais do movimento
Como participar: o petroleiro que estiver na área, deve trabalhar com apenas uma PT por vez. Acaso surja uma PT mais urgente durante a realização de outra, suspende-se a que está em curso e inicia-se a seguinte. O importante é não trabalhar com mais de uma PT por vez.
Nos postos de trabalho onde não há emissão de PT, a orientação é ampliar o rigor no cumprimento dos padrões, e, colaborar com a operação PT única onde couber, tudo vale na luta pela garantia de mais saúde e segurança.
Não aceite qualquer tipo de coação por parte dos gerentes e seus asseclas, responda que a categoria está em greve aguardando a retomada da mesa de negociação, denuncie os abusos e práticas de assédio moral ao Sindicato.
A reivindicação do efetivo e demais itens da pauta local são justas e possíveis de serem implementadas, é injustificável que Direção da Repar se mantenha insensível e despreze participação dos trabalhadores na decisão sobre o número de trabalhadores adequados para a realização dos serviços com segurança. Será uma luta difícil, mas necessária, pois há vidas em jogo. Os acidentes não costumam atingir as salas das gerências. Talvez daí a falta de sensibilidade da Direção da Repar.
Retomemos a palavra de ordem da greve de 2009: “Se a situação é grave, a solução é greve!”