Diretores do Sindipetro PR e SC participaram de protestos na Recap e Rnest contra as privatizações

Representantes dos petroleiros do Paraná e Santa Catarina se espalharam pelo país no Dia de Luta Contra as Privatizações.

 

 

Esta sexta-feira (03) foi marcada por protestos contra as privatizações no Sistema Petrobrás. A categoria se mobilizou nacionalmente para denunciar o processo de desmonte que a estatal atravessa.

 

O Sindipetro PR e SC organizou manifestações na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária-PR, e na Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul-PR.  Contudo, os petroleiros paranaenses e catarinenses também foram representados nos atos que ocorreram na Refinaria de Capuava (Recap), na região metropolitana da capital paulista, e na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, distante 45 km de Recife, em Pernambuco.

 

O petroleiro da Repar e dirigente Carlos Costa foi quem representou o Sindicato no protesto em Pernambuco. “A luta é coletiva e extramuros também. Mesmo que chegue o dia em que a situação estiver favorável a nós petroleiros, deveremos continuar a desenvolver o diálogo com a sociedade para que a Petrobrás se efetive e se perpetue como uma empresa dos brasileiros e para brasileiros”, afirmou.

 

Ato na Recap

 

Já Roni Barbosa, também petroleiro da Repar e secretário de comunicação do Sindipetro e da CUT Nacional, esteve no ato da Recap e defendeu o diálogo com a população sobre o preço dos combustíveis como forma de ampliar a luta da categoria. “A Petrobrás está com um processo de desmonte em curso. Cabe a nós fazermos o diálogo com a sociedade. Não é possível que o povo brasileiro pague tão caro pelos combustíveis. A gasolina está passando dos R$ 7 e logo vai chegar aos R$ 8 em vários lugares do Brasil. O gás de cozinha chega a custar R$ 130. Milhares de famílias não conseguem sequer comprar um botijão para cozinhar. E o que faz a gestão da Petrobrás de Bolsonaro e Paulo Guedes? Mantém a política de preços atrelada ao dólar e ao mercado internacional. As refinarias no Brasil estão ociosas, enquanto nós importamos combustível. A população paga em dólar, como se o país não tivesse petróleo nem refinarias. Essa questão dos combustíveis é essencial para fazer a nossa luta junto com a população brasileira”, apontou.

 

O estopim para as mobilizações dos petroleiros foi o anúncio, na quarta-feira (25), da venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, por US$ 189,5 milhões, preço que é cerca de 70% inferior ao seu real valor, conforme estudo do Ineep – Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.