Na quarta reunião do ano, TBG apresenta proposta similar à do ano anterior; FUP denúncia continuidade de desigualdade nas remunerações
Nesta quarta-feira (16), e pela quarta vez neste ano, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se reuniram com a diretoria da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). O principal foco da reunião foi a apresentação, por parte dos representantes da empresa, do Programa Prêmio por Desempenho 2025.
A TBG, apesar de não aceitar negociar as regras, apresentou seu programa praticamente sem nenhuma mudança em relação ao programa de 2024. A única mudança foi a inversão dos pesos das metas gerais e das metas específicas, para quem não tem função gratificada. As metas gerais agora passam a representar em torno de 20% do PRD e as específicas passam a representar aproximadamente 80%, com aumento do peso para as metas individuais.
Para a FUP, esta decisão pode trazer impactos maiores para quem não cumprir as metas do GD (Avaliação de Gerenciamento de Desempenho) e, por outro lado, um menor impacto para os cumprimentos das metas gerais. “Além disso, é importante destacar que nem sempre o GD é de fato justo, algo que preocupa o movimento sindical há bastante tempo e que sempre temos denunciado”, afirma Cibele Vieira, diretora da FUP e coordenadora geral do Sindipetro Unificado.
No caso da TBG, o PRD é complementar à PLR, que é somente composta por metas estratégicas e resultado do trabalho coletivo. Portanto, mesmo com essa mudança de pesos no PRD da TBG, os resultados gerais das políticas de remuneração variável seguem com um peso maior para o individual.
Em relação à distribuição do PRD, a FUP alertou que continuam acontecendo diversos casos de remuneração diferentes entre os trabalhadores da TBG, mesmo com o cumprimento de todas as suas metas, somente pelo fato de ter função gratificada ou não. Na redução dessa desigualdade não houve mudança alguma, permanecendo como em 2024. Por fim, a empresa segue mantendo o montante dos dois programas de remuneração variável no total de 6,25% do LL, diferente das outras empresas do Sistema Petrobrás, quando o limite de 6,25% do LL é somente para o montante da PLR e não para os dois programas.
Após a apresentação da empresa, a FUP e os sindicatos ressaltaram que sempre trataram da remuneração variável como um todo, e sempre privilegiando a PLR. Por outro lado, as empresas seguem se negando a negociar as regras dos planos de bonificação ligados ao desempenho. Esta foi a última reunião com a presença da presidenta da TBG, Angélica Laureano, que passará a integrar a Diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobrás.
Da Imprensa FUP