Será que os gestores da Repar estão lendo Eduardo Galeano? Nunca fez tanto sentido a famosa frase do escritor uruguaio: “nos mijam e os jornais dizem que chove!”. Tudo porque os representantes da Petrobrás, em Araucária, falaram à imprensa que o incidente foi uma “parada programada”. Porém, para a entidades que defende os petroleiros, Sindipetro Paraná e Santa Catarina, o que houve no último fim de semana foi uma emergência operacional semelhante ao incidente do dia 19 de agosto (leia aqui).
Sobre essa ocorrência (28/09), Thiago Olivetti, dirigente do Sindipetro, explicou à imprensa que “com a queda, todos os gases que [o compressor] estaria processando foram enviados para as tochas, como um sistema de segurança. Como as tochas são os equipamentos mais altos da refinaria, as pessoas puderam ver à distância e confundiram com incêndio”.
“É mentira, dos representantes da Petrobrás, quando afirmam que a parada desse equipamento estava prevista, pois, se assim fosse, os sistemas de segurança não seriam acionados e as tochas não queimariam todo esse combustível”, enfatizou Olivetti, acrescenta ainda que trabalhadores convivem com vazamentos de produtos tóxicos, falta de peças de reposição e sobrecarga de trabalho.
O Sindicato define esse tipo de situação como preocupante, principalmente porque recentemente houve emergência similar, quando o mesmo equipamento da unidade de Craqueamento Catalítico parou e gerou a emergência. Questões como essa são reflexos do plano de privatização da Petrobrás.
*Imagem reproduzia via Twitter por Gazeta do Povo.