Entrevista: Presidente estadual da CUT fala sobre a luta pela política de reajuste permanente da tabela do IR O presidente da CUT Paraná, Roni Barbosa, foi entrevistado pela Revista dos Bancári@s de Curitiba e Região e falou sobre o Imposto de Renda e a luta para garantir uma política permanente de reajuste da tabela. Confira:
Revista dos Bancári@s – Como as centrais avaliam a proposta da Presidenta Dilma de estabelecer uma política de correção permanente da tabela do IR?
Roni Barbosa – Nós da CUT avaliamos que será uma conquista histórica para a classe trabalhadora brasileira. É uma reivindicação antiga da nossa Central que está muito próxima de ser alcançada, pois em recente reunião com as centrais a presidenta Dilma demonstrou estar disposta a estabelecer a política de correção permanente da tabela do Imposto de Renda.
Revista dos Bancári@s – Como a CUT/PR avalia a correção em 4,5% para este ano?
Roni Barbosa – Nossa proposta foi a correção para este ano em 6,47%, com base no INPC de 2010. Entretanto, ao corrigir a tabela do IR, o governo deixa de arrecadar, uma vez que menos contribuintes passarão a pagar o imposto e aqueles que continuarão pagando, com o reajuste da tabela, serão menos tributados. Vale lembrar que na década de 90, durante o governo neoliberal do PSDB, a tabela ficou congelada, o que significou o aumento da carga tributária sobre os trabalhadores. De 2003 para cá, a partir do Governo Lula, conquistamos a recomposição da tabela do IR.
Revista dos Bancári@s – Como deverá ser a mobilização dos trabalhadores para os próximos anos considerando a implantação da política de correção permanente da tabela do IR?
Roni Barbosa – A CUT desde 2004 nas marchas nacionais a Brasília coloca este tema na pauta de lutas. Porém, primeiro temos que estabelecer os critérios para a atualização do valor da correção da tabela. O passo seguinte é lutar, como sempre lutamos, pela desoneração fiscal aos que ganham menos. Um exemplo é a nossa reivindicação pela tributação sobre as grandes fortunas. Isso significa corrigir um erro histórico no Brasil, que é aquele velho jargão “pobre paga mais imposto do que rico no país”.