Vídeo homenageia dirigente do Sindipetro PR e SC vítima do coronavírus e do governo genocida.
A notícia do falecimento de Faissal Bark na manhã do dia 11 de junho deixou a categoria petroleira do Paraná e Santa Catarina atônita. Técnico de segurança, mestre de cabotagem, trabalhador do Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar) e dirigente sindical, entre tantas outras qualificações, Faissal infelizmente se somou às mais de 500 mil vítimas do coronavírus no Brasil e do genocídio provocado pelo presidente Jair Bolsonaro.
A morte de Faissal, assim como milhares de outras, poderia ter sido evitado caso o governo federal tivesse levado a pandemia a sério. Porém, o que os canalhas que estão no poder no Brasil fizeram foi indicar medicamentos ineficientes para o tratamento precoce da Covid-19, como cloroquina e ivermectina, deixaram faltar insumos hospitalares, negligenciaram a compra de vacinas e ainda debocharam das vítimas e seus familiares.
O genocídio em andamento no país fez com que as pilhas de mortos por complicações do coronavírus passassem a fazer parte do cotidiano. Não é possível normalizar tal situação. A frase que viralizou nas redes nos últimos dias, em campanha pelo #ForaBolsonaro, é assertiva no sentido de sensibilizar a sociedade: “acima de nossas diferenças sempre estarão vidas. Quem perde a humanidade não tem mais nada a oferecer. O que foi que aconteceu com a gente?”
Em homenagem póstuma, e contrariamente à naturalização das mortes na pandemia, o Sindipetro PR e SC produziu um vídeo (confira abaixo) com depoimentos de companheiros de trabalho e de direção sindical do Faissal.
As declarações são impactantes. “Ele foi um grande petroleiro e um grande sindicalista. Sem dúvida nenhuma, sua maior qualidade era a coragem. Na greve de 2020, sob um governo fascista, mais uma vez ele provou a coragem e a determinação que todo petroleiro tem que tomar como exemplo”, disse Jordano Zanardi, petroleiro do Terminal Transpetro de São Francisco do Sul e secretário de formação do Sindipetro PR e SC
Já Marcelo Silveira, engenheiro de segurança e ex-operador do Tepar, cravou que “Faissal era uma figura ímpar. Além de um grande colega de trabalho, amigo e excepcional líder, era o cara mais graduado da empresa. Tem três faculdades, pós-graduação, seis cursos técnicos, é mestre de cabotagem e uma grande liderança sindical. Já está fazendo muita falta”.
Faissal se precaveu durante a pandemia e fazia poucos dias que tinha tomado a primeira dose da vacina antes de contrair o vírus. Infelizmente tinha comorbidades e o quadro de saúde se agravou rapidamente. Faleceu apenas dois dias após sua internação hospitalar.
Deixou a esposa, sra. Elenita Soares, e quatro filhos, Ahmad, Nathalia, Hanna e o caçula Hassen, de apenas um ano e cinco meses de vida.
O Sindipetro PR e SC lamenta profundamente a morte do companheiro Faissal e reafirma a luta em defesa da vida, contra o governo genocida.
Faissal, presente!