Fantasma da privatização ronda refinarias e terminais

Especulações da imprensa, conduta do mercado e ações do governo e direção da empresa indicam que o fantasma da privatização circula as refinarias, dutos e terminais do Sistema Petrobrás

 

A dupla macabra Temer e Parente preparam mais um golpe contra o país e a bola da vez são as refinarias. O bote, conforme adiantado pela imprensa mercadológica, será a venda em bloco, junto com terminais e dutos da Transpetro.

 

As sorrateiras decisões de Temer e Parente de baixar a carga de produção das refinarias, acompanhar o preço internacional dos combustíveis e importar grande parte dos derivados consumidos no país, tudo para privilegiar o mercado estrangeiro, sinalizaram que o objetivo disso tudo era de fato a privatização. 

 

Para o presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot, o Brasil tem muito a perder com a privatização da cadeia do refino. “A nação está próxima de perder o controle sobre o refino de petróleo e transporte de derivados, atividades fundamentais que se forem colocadas nas mãos do mercado privado comprometerão o abastecimento do país”, alertou.

 

Além de a Petrobrás perder o protagonismo em um dos segmentos mais estratégicos da indústria petrolífera, a desnacionalização tornará o Brasil cada vez mais dependente das importações de derivados. Segundo dados da ANP, até novembro, o país já havia importado 207 milhões de barris de derivados em 2017, o maior volume já registrado pela agência. A importação de óleo diesel, o principal combustível comercializado, cresceu 64% em relação ao ano anterior.

 

O negócio é tão lucrativo que já atraiu para o Brasil mais de 200 empresas importadoras de combustíveis. A ANP estima que o mercado nacional crescerá mais 20% nos próximos dez anos.

 

O cenário é pra lá de sombrio, mas não é a primeira vez que o fantasma da privatização ronda a Petrobrás. Aliás, desde a sua criação, a estatal petrolífera brasileira é alvo da cobiça internacional. “A empresa já superou o suicídio de Getúlio Vargas, seu criador, e todas as ofensivas do neoliberalismo referendado pelas urnas na década de 90. Os ilegítimos Temer e Parente têm a audácia de tentar fazer o serviço sujo que a classe trabalhadora impediu ao longo dos tempos. Vamos resistir, mobilizar e incomodar demais para mostrar ao mercado que jamais terão vida fácil se tentarem comprar a Petrobrás”, afirmou Dal Zot.

 

O Sindicato convoca todos os petroleiros a defenderem a Petrobrás enquanto empresa estatal e patrimônio do povo brasileiro. “Sempre nos coube esse papel. Agora não será diferente”, conclui Mário.