Nesta segunda-feira, 21, a FUP volta a se reunir com a Procuradoria Geral do Trabalho para tratar das denúncias de práticas antissindicais da Petrobrás e subsidiárias, em função da greve aprovada pela categoria nas assembléias. A truculência da Transpetro, que ingressou equipes de contingência no Terminal de Cabiúnas (Macaé), neste domingo, com auxílio de seguranças armados, será um dos casos denunciados. Diversas outras ações de flagrante desrespeito à livre organização sindical têm sido relatadas e denunciadas pelos trabalhadores e sindicatos, como equipes de contingência nas plataformas e demais áreas operacionais (só na Bacia de Campos, a empresa embarcou cerca de 700 supervisores, gerentes e outros “fura greves” que não estavam na escala); cárcere privado na Rlam e outras unidades da Bahia, durante a greve dos trabalhadores; pressão, assédio e ameaças aos petroleiros que participam das paralisações surpresa e “Operação Gabrielli”; proibição da presença de dirigentes sindicais nas áreas, entre outras truculências dos gestores.
Essas e outras denúncias dos sindicatos serão apresentadas pela FUP ao Ministério Público do Trabalho, em Brasília, onde a Federação já compareceu nos dias 09 e 11 para buscar a intermediação de um acordo de produção com a Petrobrás e subsidiárias, em cumprimento ao que determina a Lei de Greve. A empresa, no entanto, negou-se a negociar o acordo.
Audiências Regionais
Além da audiência promovida em âmbito nacional pela FUP, os sindicatos de petroleiros agendaram encontros regionais com o Ministério Público do Trabalho (MPT). No Paraná, a audiência acontece nesta segunda-feira, às 14h30, em Curitiba. O Sindicato já protocolou pedido de audiência junto ao MPT de Santa Catarina, mas ainda não recebeu o retorno quanto ao agendamento.