Reparar desigualdades históricas e implementar políticas afirmativas é prioridade para todos os sindicatos da FUP, cujas delegações aprovaram por unanimidade no XIX Confup a reabertura de coletivo que lança resolução para indicar caminhos e evidenciar pautas de combate ao racismo e promoção de igualdade racial. A proposta foi referendada na plenária final, realizada neste domingo, 06, em Cajamar.
Para Sérgio Borges, diretor da FUP, “esta ação é fundamentais para avançarmos nessa luta, formaremos coletivos antirracistas para intensificar a luta contra essa forma de opressão e discriminação étnico-racial. A categoria petroleira registra momento histórico para a construção de uma sociedade mais equânime e menos preconceituosa diante do racismo estrutural, que precisa ser visto, pontuado e combatido”.
Com a formação do Coletivo Nacional, haverá uma organização com programas de formação para inserção nas comunidades que vão dar sentido a todas as outras pautas, ou seja para além das pautas trabalhistas e econômicas. O objetivo é aumentar a força, poder de fala e atuação para traçar políticas importantes para dentro da FUP, da Petrobrás e na sociedade.
Christiane Barroso, diretora do Sindipetro Bahia registrou o momento assim, “sou uma mulher negra trabalhadora que sempre esperançou esse processo dentro da sociedade que ainda é racista. Sinto orgulho neste compromisso de fazer o combate ao racismo e seguir determinada na construção de uma sociedade sem preconceitos, sem discriminação, com oportunidades e com respeito aos grupos minorizados que, são a maioria numérica no Brasil, e devem ser vistos e ter as mesmas oportunidades, condições de vida e direitos.”