Diante dos graves ataques ao Estado Democrático de Direito, que se acirram com a prisão política do ex-presidente Lula, a FUP transferiu para Curitiba as atividades sindicais que seriam realizadas esta semana no Rio de Janeiro. A orientação é que os petroleiros se somem às demais categorias e movimentos sociais na construção e realização dos atos e mobilizações convocados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para denunciar as arbitrariedades contra Lula e exigir seu direito à liberdade.
“A prisão de Lula é parte essencial do Golpe que está em curso contra o povo brasileiro. A ofensiva conservadora que liderou o impeachment contra a presidenta Dilma, provocou o assassinato de Marielle Franco, se manifesta também na prisão do Presidente Lula. Lula é um preso político, sua prisão inaugura um novo ciclo do golpe e nos desafia a ampliar nossa capacidade de luta e resistência”, afirmam as frentes, em manifesto unitário divulgado no final de sábado.
Estão sendo montados acampamentos permanentes em Curitiba e em Brasília. Na capital federal, a resistência será na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde, na próxima quarta-feira, 11, deve ser julgado um pedido de liminar feito pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para suspender a execução da pena de condenados em segunda instância. Nesse dia, haverá uma mobilização nacional em todo o país e nas embaixadas do exterior. A ideia é que os movimentos sociais realizem atos permanentes no STF pela liberdade de Lula.
“Precisamos nos preparar para um processo de luta de curto, médio ou longo prazo. Para isso a construção de ações unitárias em todo país é crucial ampliando nossa capacidade de diálogo com a sociedade. Isso se traduz na mobilização de todas as forças progressistas”, ressaltam os movimentos sociais no manifesto das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Uma das principais frentes de resistência está em curso em Curitiba, onde os petroleiros e petroquímicos já estão acampados desde sábado, 07, e foram vítimas de uma ação covarde e arbitrária da Polícia paranaense, que atacou com bombas e balas de borracha os milhares de manifestantes que aguardavam a chegada de Lula à sede da Polícia Federal. Apesar da violência, os trabalhadores não se intimidaram e reorganizaram o Acampamento, que já conta com a participação de diversas organizações sindicais e populares, que estão chegando a Curitiba em caravanas de várias regiões do país.
A capital paranaense, portanto, é de agora em diante a capital da resistência nacional pela reconstrução da democracia no Brasil e pela libertação de Lula. Os dirigentes da FUP e de seus sindicatos estarão em Curitiba nos próximos dias para fortalecer essa agenda unitária de luta, que envolve todas as forças progressistas e democráticas do país.
Nos dias 10 e 11 de abril, a FUP e seus sindicatos realizam um Seminário Nacional para apontar alternativas ao equacionamento do Plano Petros-1 e um Conselho Deliberativo onde serão definidos encaminhamentos para a categoria petroleira. A FUP também se somará as atividades das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo:
11 de Abril: Dia Nacional de Mobilização em Defesa de Lula Livre.
11 Abril: Manifestações em todas as embaixadas do Brasil no exterior.
10 e 11 de Abril: Ato com juristas em Brasília.
14 de Abril: Atos em todo país: “Marielle Vive, Lula Livre”.
17 de Abril: Dia nacional de mobilização contra a Rede Globo.
26 de Abril: Ato em defesa da Petrobrás no Rio.
1º de Maio: Dia do trabalhador/a em defesa dos Direitos e Liberdade para Lula.
[FUP| Arte com foto de Francisco Proner]