Tepar

Greve na Tecnokip é deflagrada por atraso de salários e precarização das condições de trabalho

Os trabalhadores e trabalhadoras da Tecnokip que atuam no Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar) iniciaram greve por tempo indeterminado na manhã desta quinta-feira (15). O movimento é a resposta da categoria diante do novo atraso salarial por parte da empresa que, mais uma vez, descumpriu com sua obrigação trabalhista elementar.

Na quarta-feira (14), véspera da greve, a Tecnokip enviou comunicado à força de trabalho afirmando que realizaria o pagamento dos salários atrasados na sexta-feira (16). No entanto, a categoria está firme na greve e exige o pagamento imediato, com os juros e multa devidos, conforme estabelecem as leis trabalhistas e o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Além disso, até o momento, nenhum representante da empresa procurou o Sindipetro Paraná e Santa Catarina. A empresa tampouco respondeu aos ofícios encaminhados pelo Sindicato, o que evidencia sua postura de desrespeito à via negocial.

“A Tecnokip demonstra dificuldades financeiras e está perdendo contratos no país inteiro. Então, a nossa preocupação é também com a manutenção dos empregos. Tem gente com mais de 20 anos de prestação de serviços à Transpetro aqui no Tepar”, alertou Thiago Olivetti, secretário do setor privado do Sindipetro PR e SC.

Olivetti também lembrou que a responsabilidade sobre essa situação também é da Transpetro. “Os modelos de contratação adotados são ruins, sem garantias consistentes aos trabalhadores. Isso acaba atraindo empresas que não dão conta de honrar com suas responsabilidades, principalmente perante os trabalhadores”, apontou.

Histórico de descaso

Essa não é a primeira vez que a Tecnokip atrasa salários. A empresa já havia descumprido os prazos de pagamento da folha de fevereiro e agora volta a repetir o erro com a folha de abril. O cenário de desrespeito gerou revolta na categoria, que aprovou greve e assembleia permanente, em decisão unânime, durante a assembleia realizada na segunda-feira (12).

A revolta também é motivada pelas péssimas condições enfrentadas pelos trabalhadores. O plano de saúde anterior deixou de atender a categoria por falta de pagamento e foi substituído por outro. O plano odontológico foi simplesmente extinto, mesmo constando no ACT. Uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) estão em condições precárias, e os depósitos de FGTS alegados pela empresa não aparecem nos extratos dos trabalhadores.

Na última sexta-feira (9), os empregados da Tecnokip já haviam protestado no início do expediente contra os atrasos salariais e precarização das condições de trabalho.

O Sindipetro PR e SC espera que a Tecnokip arque com suas responsabilidades a fim de solucionar rapidamente o impasse que causou a greve, em respeito aos trabalhadores. O Sindicato está pronto para mediar a negociação.

Não se cale!

O Sindicato reforça que em greve não há espaço para assédio ou intimidação! Qualquer tentativa de coação por parte da gestão deve ser denunciada imediatamente. O Sindipetro PR e SC está atento e pronto para defender cada trabalhador e trabalhadora!

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