Greve surpresa na Repar; assembleia decidiu pela intensificação da mobilização do efetivo

O baixo número de trabalhadores na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, gerou uma grande mobilização da categoria petroleira, que está preocupada com a segurança no parque industrial.

 

Na assembleia desta quinta-feira (29) à noite, os petroleiros decidiram intensificar as mobilizações, iniciadas no último dia 13 com a Operação Segura, cuja operacionalidade consiste no respeito rígido aos procedimentos de segurança. Evoluiu com a deflagração da Operação Permissão de Trabalho (PT) Única na segunda-feira (26), uma espécie de operação tartaruga, na qual os petroleiros liberam apenas uma PT por vez, de acordo com a urgência do serviço. E hoje a categoria decidiu pela estratégia de greve surpresa. Paralisações acontecerão a qualquer momento, em dia e horário a serem definidos pela Direção do Sindipetro Paraná e Santa Catarina.  O movimento também pode se tornar uma greve por tempo indeterminado.

 

A medida foi adotada pelos petroleiros após a resposta da empresa de que, “por orientação corporativa, assuntos locais desta complexidade devem ser tratados em momento posterior à negociação do Acordo Nacional, envolvendo RH Corporativo e FUP” (Federação Única dos Petroleiros).

 

Para o presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Silvaney Bernardi, a empresa tenta empurrar esta reivindicação da categoria com a barriga. “O problema da segurança não pode ser adiado. A situação é de risco iminente de acidentes e não podemos esperar mais. Não podemos aguardar uma fatalidade para agirmos”, ressaltou Bernardi.