GT do Xisto chega ao fim com saldo positivo e boas expectativas

 

Nesta quarta-feira (07) foi realizada em Brasília-DF a última reunião do Grupo de Trabalho (GT) do Xisto. Formado por representantes do Sindipetro PR e SC, FUP, Ministério de Minas e Energia, Petrobras e Usina do Xisto (SIX), o grupo executou a tarefa de discutir a atual situação da SIX e identificar alternativas técnicas para sua recuperação com o objetivo de possibilitar que a Unidade opere de maneira economicamente viável e sustentável.

 

A Usina tem capacidade instalada para o processamento de 5.880 toneladas/dias de xisto pirobetuminoso e gera óleo combustível, nafta, gás combustível, gás liquefeito e enxofre, além de produtos que podem ser utilizados nas indústrias de asfalto, cimenteira, agrícola e de cerâmica.

 

Entretanto, a crise no setor petróleo instaurada pela queda abrupta do preço do barril no mercado internacional e os desinvestimentos previstos no atual Plano de Negócios e Gestão (PNG) da Petrobrás colocaram em risco as operações da SIX. Diante disso, o Sindipetro propôs uma série de alternativas com o intuito de viabilizar economicamente e ampliar a atuação da SIX.

 

Entre as alternativas consideradas viáveis pelo GT do Xisto para fortalecer a produção da Usina e aumentar a sua gama de produtos, destacam-se o processamento de borras oleosas (lastro) originárias de outras unidades da Petrobrás cujo descarte tem alto custo e torna-se novos produtos a partir da utilização na SIX; a potencialização do Projeto Xisto Agrícola, que é a utilização de sólidos de xisto e água de xisto como adubo com riqueza de nutrientes orgânicos e minerais, e que gera os produtos Água de Retortagem, Calxisto, Finos de Xisto e Xisto Retortado; e a redução dos custos de mineração a partir de uma série de ações, como unificação de contratos de prestação de serviços, otimização de grandes máquinas, substituição de caminhões por vagões e implantação de ferrovias para transporte do xisto e demais minérios, entre outros.

Algumas alternativas propostas pelo Sindicato foram consideras inviáveis pelo GT, mas que podem ser aplicadas futuramente, de acordo com possíveis mudanças nas conjunturas econômicas e do setor petróleo.

 

O presidente do Sindipetro PR e SC, Mário Dal Zot, foi o representante da entidade no GT e considerou os debates positivos. “Percebemos que há boa vontade política em potencializar a Usina do Xisto para não apenas manter sua produção, como ampliar seu leque de produtos e negócios. A luta em defesa da SIX está bastante firme e continua”, avaliou.

 

O relatório final do GT do Xisto está em fase de conclusão e será divulgado em breve. No documento constará as próximas ações a serem tomadas em prol da Usina.