A plenária aprovou um conjunto de propostas para um novo modelo energético, que garanta o abastecimento nacional, com preços justos para a população, transição para fontes limpas de energia e que tenha como eixo a reconstrução da Petrobrás como empresa pública, integrada e motora do desenvolvimento nacional.
Com participação de cerca de 150 petroleiros e petroleiras de norte ao sul do país, foi encerrada neste domingo, 15, a IX Plenária Nacional da FUP, que, ao longo dos últimos quatro dias, realizou debates estratégicos para a luta em defesa da soberania nacional e da democracia. Com o tema “Energia para reconstruir o Brasil”, o evento ocorreu de forma virtual, devido à pandemia da Covid-19, com a maior parte das atividades realizadas em salas fechadas de videoconferência.
A plenária aprovou um conjunto de propostas para um novo modelo energético, que garanta o abastecimento nacional, com preços justos para a população, transição para fontes limpas de energia e que tenha como eixo a reconstrução da Petrobrás como empresa pública, integrada e motora do desenvolvimento nacional. Entre as principais deliberações, estão a interrupção imediata dos leilões de petróleo e das privatizações e a retomada do controle acionário da empresa pelo Estado brasileiro.
Ampliação da representação sindical
A plenária também discutiu temas estruturantes para a organização sindical da categoria petroleira, no enfrentamento à precarização das condições de trabalho decorrentes do processo de desmonte do Sistema Petrobras. As deliberações apontam para a ampliação da representação dos trabalhadores terceirizados e de operadoras privadas de petróleo, na busca pela construção de uma convenção coletiva para todo o setor petróleo, envolvendo tanto os trabalhadores da Petrobrás, quanto do setor privado. O fortalecimento das pautas LGBTQIA+ e da luta sindical contra todas as formas de opressão também tiveram papel de destaca nos debates da IX Plenafup.
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Resistência nas ruas e nas urnas
“A reconstrução da Petrobras só será possível com a derrota do projeto genocida e fascista do governo Bolsonaro e seus aliados. Nossa resistência tem que ser nas ruas e nas urnas, em 2022. Para isso, temos que continuar o nosso enfrentamento diário ao desmonte do Sistema Petrobrás, resistindo aos ataques e fazendo a disputa nas ruas, com uma agenda unitária de luta, com as categorias que estão sofrendo com o desmonte do patrimônio público, de forma a envolver todos os setores organizados da classe trabalhadora na defesa da democracia e na luta pela reconstrução do país”, afirmou o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar.
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Acordo Coletivo
A Plenafup não discutiu temas relacionados à campanha reivindicatória, pois o Acordo Coletivo de Trabalho negociado ano passado com a Petrobrás tem validade até agosto de 2022. No entanto, em função dos graves ataques que os trabalhadores vêm enfrentando em plena pandemia da Cvid-19, questões como saúde e segurança, regimes e jornadas de trabalho, AMS e Petros tiveram grupos de trabalho específicos, que deliberaram sobre propostas e encaminhamentos feitos pela categoria nos congressos regionais.
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As deliberações da IX Plenária Nacional da FUP serão sistematizadas e divulgadas ao longo dos próximos dias.
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[Imprensa da FUP]