Ação contou com participação de cerca de 100 voluntários. O alimento será doado para três cozinhas comunitárias e para famílias em situação de vulnerabilidade de Curitiba e região
Cerca de 100 trabalhadores do campo e da cidade se uniram em um mutirão e colheram 4.200 quilos de feijão orgânico, no último domingo (10), nas terras do assentamento Contestado, na Lapa (PR). Esta é a primeira ação conjunta do MST da região Sul do Paraná e do coletivo Marmitas da Terra este ano.
Participaram da ação integrantes dos acampamentos Maria Rosa do Contestado e Padre Roque Zimmermann, de Castro; do acampamento Emiliano Zapata, de Ponta Grossa; do acampamento Reduto de Caraguatá, de Paula Freitas; e do próprio assentamento Contestado. De Curitiba e região metropolitana vieram pessoas voluntárias da ação Marmitas da Terra.
O objetivo das ações é enfrentar a fome neste período de pandemia e crise econômica, além de denunciar a postura desumana do governo Bolsonaro, que minimiza o risco do novo coronavírus e ignora as mais de 200 mil mortes causadas pela covid-19.
Destino
O alimento vai ser distribuído para três cozinhas comunitárias de Curitiba: Marmitas da Terra, organizada pelo próprio MST; cozinha da União de Moradores/as e Trabalhadores/as (UMT), localizada no Bolsão Formosa; e a cozinha organizada pelo Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), no Sindicato dos Correios. Uma parte do feijão também fará parte das doações de alimentos previstas para fevereiro a famílias em situação de vulnerabilidade.
Com a crise econômica e o aumento da fome a presença do alimento mais popular no prato dos brasileiros quase sumiu. Em dezembro 2020 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou balança anual em que o feijão teve aumento médio de 45,39% na região metropolitana de Curitiba e suas vendas caíram cerca de 35%.
Diante da grave crise que o Brasil atravessa, por consequência das faltas de políticas públicas por parte do governo Bolsonaro para mudar este cenário, a estimativa é de que a pobreza extrema (pessoas que vivem com US$ 1,90 por dia) atinja até 15% da população brasileira (27,4 milhões de pessoas) neste mês de janeiro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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Via Setor de Comunicação e Cultura do MST-PR / Marmitas da Terra (Edição Sindipetro PR e SC).
Foto: Giorgia Prates.