Manifestações nos aeroportos e reunião do Conselho Deliberativo da FUP em Brasília são os destaques da luta petroleira na semana

A maioria dos grandes aeroportos do país amanheceu na terça-feira (04) com bandeiras vermelhas da FUP e de seus sindicatos filiados. Os petroleiros mais uma vez organizaram protestos nos principais terminais de aviação para pressionar os parlamentares e sensibilizar a população sobre os riscos que o plano de desinvestimentos da Petrobrás e o Projeto de Lei do Senado Nº 131/2015, de autoria de José Serra (PSDB/SP), que retira o direito da Petrobrás ser a operadora exclusiva do pré-sal, trazem para o país.

 

No aeroporto internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, cidade da região metropolitana de Curitiba, dirigentes do Sindipetro Paraná e Santa Catarina e militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) organizaram a manifestação. No entanto, o grande ato foi mesmo em Brasília-DF, onde o Conselho Deliberativo da FUP está reunido durante toda esta semana para definir os próximos passos da campanha “Defender a Petrobrás é Defender o Brasil”. No terminal da capital federal, os petroleiros receberam os parlamentares com faixas e cartazes contra o PLS 131. O único incidente foi provocado pelo senador Aloysio Nunes, correligionário de José Serra, que tentou fugir da manifestação, mas foi confrontado pelos militantes da FUP. Muito irritado, Aloysio Nunes preferiu xingar os trabalhadores do que debater e argumentar.

 

O presidente do Sindipetro PR e SC, Mário Alberto Dal Zot, participa da reunião do Conselho Deliberativo da FUP e estava presente na manifestação em Brasília. “O que os parlamentares da direita querem é entregar o nosso petróleo às multinacionais. É um absurdo, um verdadeiro crime de lesa-pátria, tirar a Petrobrás do pré-sal”, afirmou.  

 

Conselho Deliberativo

A reunião do Conselho Deliberativo da FUP prossegue até sexta-feira (07) com diversas atividades e debates que definirão as novas estratégias de luta da categoria para barrar a venda de ativos em curso na empresa e que significará a desintegração do Sistema Petrobrás.

 

A avaliação da greve no último dia 24 foi positiva, mas os membros do Conselho apontaram a necessidade de um movimento mais contundente para barrar os desinvestimentos da Petrobrás. Ao final do encontro será divulgado um novo calendário de lutas e os rumos da campanha reivindicatória da categoria.