No Dia Nacional de Luta, 06 de agosto, os petroleiros do Paraná e Santa Catarina mostraram que estão dispostos a lutar pelas conquistas apontadas na pauta de reivindicações da categoria. A negociação deste ano envolve cláusulas econômicas e sociais do Acordo Coletivo de Trabalho e pressão para cima da empresa não vai faltar.
O movimento mais intenso ocorreu na Repar, onde o pleito pelo aumento do efetivo próprio de trabalhadores se soma às lutas da campanha reivindicatória. Lá houve greve de 24 horas, com corte de rendição à zero hora do dia 06. Por volta das 07h da manhã aconteceu concentração em frente à refinaria. Logo em seguida, ônibus levaram petroleiros para a frente da Procuradoria Regional de Trabalho, no centro de Curitiba, para a mobilização que marcou a entrega do dossiê de mais de 500 páginas que revela a carência extrema de efetivo na unidade e os riscos que isso representa. De lá, partiram em direção à Associação Comercial do Paraná para o ato das centrais sindicais contra o PL 4330, que (des)regulamenta a terceirização e precariza ainda mais as condições de trabalho.
As demais bases incluíram nas bandeiras de luta do dia a solidariedade ao movimento da Repar. Na Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, houve panfletagem e os petroleiros fizeram a Operação Permissão de Trabalho Única, que consiste em liberar apenas uma PT por empregado.
No Terminal Transpetro de São Francisco do Sul (Tefran) foram duas horas de atraso na entrada do expediente. Em Paranaguá (Tepar) ocorreu atraso de 30 minutos. Já no Terminal de Itajaí (Tejaí) também houve mobilização com atraso.
As principais reivindicações da pauta deste ano são a reposição da inflação pelo ICV/Dieese, ganho real de 5%, além das cláusulas referentes às condições de trabalho, saúde e segurança, previdência, benefícios, regimes e jornadas, entre outras.