As assembleias que avaliam o indicativo de greve de cinco dias (20 a 24 de fevereiro) nas bases do Paraná e Santa Catarina estão marcadas para quinta-
As assembleias que avaliam o indicativo de greve de cinco dias (20 a 24 de fevereiro) nas bases do Paraná e Santa Catarina estão marcadas para quinta-feira (07), mas os petroleiros já dão sinais de que estão dispostos a endurecer as mobilizações caso a Petrobrás não atenda as reivindicações de provisionamento de valores justos e igualitários para a Participação nos Lucros e Resultados de 2012 e regramento das PLR’s futuras.
Na Repar, em Araucária-PR, houve atraso de duas horas. Na Tefran, em São Francisco do Sul-SC, a chuva impossibilitou a mobilização, mas ocorreu conversa entre os trabalhadores e os representantes sindicais de base. Na Usina do Xisto, em São Mateus do Sul-PR, os sindicalistas distribuíram panfletos com convocação às assembleias e motivação para a greve.
As mobilizações da categoria acontecem em todo país nesta segunda-feira (04), quando o Conselho de Administração da Petrobrás se reúne para definir os resultados de 2012, inclusive os valores a serem provisionados aos trabalhadores e aos acionistas. Até o momento, a postura da empresa é de penalização dos petroleiros com redução de mais de 50% dos valores da PLR, enquanto preservam integralmente a remuneração dos acionistas. A alegação é a queda do lucro, mas o mesmo discurso não é aplicado para os acionistas, que, blindados pelo estatuto da empresa, não sofrerão qualquer redução nos dividendos.
Os resultados negativos da Petrobrás em 2012 não são culpa dos trabalhadores e sim de um modelo de gestão determinado pelo mercado e por seus acionistas. Se mantiver a mesma postura, a estatal vai amargar mais uma greve nacional.