O domingo, 21 de setembro de 2025, foi um dia que entra para a história do país. Setores da sociedade brasileira ligados ao campo progressista retomaram as ruas e a bandeira do Brasil nos protestos contra a “PEC da bandidagem” e a anistia para os golpistas.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 3/2021), conhecida como “PEC da bandidagem”, foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última semana, em uma articulação da direita com o centrão. O texto, que agora segue para o Senado Federal, estabelece que investigações criminais contra parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF) só podem ser abertas depois de aprovação da Câmara, no caso dos deputados, ou do Senado, para os senadores. Em outras palavras, trata-se de blindagem para políticos corruptos.
Além disso, a atual legislatura da Câmara, devidamente classificada como o “pior congresso da história do país”, aprovou na semana passada o regime de urgência no projeto que prevê anistia aos envolvidos na trama golpista que culminou na invasão dos prédios dos três poderes no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Enquanto isso, projetos de lei que realmente interessam à população, como a isenção de imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês e o fim da escala de trabalho 6×1, permanecem paralisados no parlamento.
Essa situação serviu de combustível para que a população que realmente se importa com o Brasil (e não aqueles que carregam bandeiras de outros países e comemoram taxações estrangeiras) movesse multidões em todas as capitais e principais cidades do país. O recado foi claro: a sociedade brasileira não aceitará impunidade. Cadeia para golpistas e corruptos!
Petroleiros na luta!
Nas cidades do Paraná e Santa Catarina que têm bases da Petrobrás, ou que estão próximas delas, os petroleiros e petroleiras se uniram às manifestações, a exemplo de Curitiba, Matinhos, Itajaí, Joinville e Florianópolis.
O presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge, participou do protesto em Curitiba. “Há muito tempo a capital paranaense não via uma mobilização popular tão expressiva. Nem a tempestade, com fortes rajadas de vento, dispersou a multidão, que fez entoar por todo o centro da cidade o grito uníssono de sem anistia para golpistas”, comemorou.
Em Florianópolis, além da chuva, os manifestantes tiveram que enfrentar a truculência do governador bolsonarista Joginho Mello (PL-SC). Em ato tirano, decidiu interditar a Ponte Hercílio Luz para atrapalhar a passeata. A medida foi repudiada por lideranças sindicais e dos movimentos sociais, que denunciaram o cerceamento do direito democrático à livre manifestação, reforçando que, apesar da proibição, a mobilização seguiu firme nas ruas contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia.

Confira mais imagens das manifestações em Curitiba e Florianópolis:



















