Nova contraproposta da Petrobrás não garante o direito à vida. FUP indica a rejeição

Em resposta à cobrança da FUP, a Petrobrás apresentou nesta segunda-feira, 14, sua segunda contraproposta, cujos pontos econômicos já haviam sido divulgados aos trabalhadores na última sexta-feira (11). A empresa continua sem avançar de forma significativa no principal eixo desta campanha, que é garantir aos trabalhadores o direito à vida. Reivindicações importantes de SMS não foram atendidas, como a participação plena dos sindicatos nas reuniões das CIPAs offshore e também em todas as comissões de apuração de acidentes. A Petrobrás também continua sem responder outras importantes reivindicações sociais da categoria e pontos que foram negociados na última rodada com a FUP e seus sindicatos, como o pagamento das horas extras dos feriados trabalhados em regimes especiais (dobradinha).

O Conselho Deliberativo da FUP havia definido no sábado (12) que, se a contraproposta da Petrobrás não avançasse nas questões de segurança, o indicativo seria de rejeição. Portanto, a Federação orienta os sindicatos a iniciarem nesta terça-feira, 15, as assembléias para que os trabalhadores avaliem a nova contraproposta da empresa, com o indicativo de rejeição.

A FUP também convoca a categoria a intensificar as paralisações surpresa e “Operação Gabrielli”, deixando claro para os gestores da Petrobrás que não abrem mão do direito a um ambiente de trabalho seguro e saudável. A defesa da vida é o eixo principal desta campanha e os petroleiros aprovaram uma greve por tempo indeterminado para que a empresa rompa de uma vez por todas com práticas de gestão que têm causado mortes, mutilações, doenças crônicas e perpetuado absurdos, como as subnotificações de acidentes para que a produção e as metas corporativas não sejam afetadas.

Apesar de ter alguns avanços, a nova contraproposta apresentada pela Petrobrás não altera essa política, nem aponta mudanças significativas na gestão de SMS no sentido de preservar e proteger a vida dos trabalhadores, sejam eles próprios ou terceirizados. A empresa tem condições de avançar no processo de negociação, não só em relação à saúde e segurança, mas também no sentido de contemplar outras reivindicações sociais e econômicas.

A FUP e seus sindicatos voltam a se reunir na próxima terça-feira, 22, no Conselho Deliberativo, para avaliar o resultado das assembléias e definir novos encaminhamentos em relação à campanha dos petroleiros, inclusive a definição da data de início da greve por tempo indeterminado e com controle e parada de produção, que foi aprovada pela categoria.

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