O que o Tepar tem a esconder?

 

Impedimento de dirigente sindical entrar nas dependências do Terminal para participar da reunião da CIPA levanta suspeitas em relação à segurança no local.

 

 

Ações de gestão direcionadas a impedir ou limitar o exercício da liberdade e da atividade sindical são as mais evidentes e recorrentes práticas antissindicais. Nesta quarta-feira (08) o dirigente André Luiz dos Santos teve impedido o acesso ao Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar). Ele participaria da reunião da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

 

Para além da prática antissindical, algo bastante reprovável, o caso levanta sérias suspeitas com relação à segurança nas dependências do Tepar. O que tem para esconder no Terminal? Algumas denúncias que chegam ao Sindicato dão uma ideia para a resposta.

 

Nos últimos meses foram registradas várias linhas (tubulações internas) com problemas de furos e rompimentos. As RIs (recomendações de inspeções) são emitidas, mas por causa da falta de efetivo não é possível efetuar a manutenção com a velocidade necessária.

 

Um problema na caldeira do Tepar, equipamento tão importante quanto perigoso, seria tratado na reunião da CIPA. Aconteceram erros de planejamento para liberação da caldeira e ausência de análises de risco, em descumprimento dos procedimentos de segurança da empresa.

 

Outra pista para a resposta está nos casos de pessoas não-qualificadas emitirem PTs (Permissões de Trabalho) e chega até o absurdo de terceirizado contratado como auxiliar de serviço, porém atuando como técnico de segurança, trabalhando na elaboração de PTs.

 

A restrição do acesso do dirigente sindical e os problemas de segurança estarão na lista de assuntos a serem tratados na reunião de pauta local de reivindicações da Transpetro, que acontece na quinta-feira (16) da próxima semana.