Pandemia: Repar aposta na sorte e arrisca vidas

Gestão da refinaria não cumpre recomendações da OMS e age com desprezo à saúde e segurança dos empregados, seus familiares e comunidades do entorno da unidade.

 

 

O Sindipetro Paraná e Santa Catarina divulgou na semana passada que dois trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, fizeram testes rápidos para a presença do novo coronavírus e acusaram resultados positivos.

 

Como forma de prevenção à saúde e segurança dos trabalhadores, seus familiares e comunidades do entorno da unidade, requisitou à gestão da empresa que colocasse em quarentena todos que tiveram contato direto com os empregados possivelmente contaminados até que as contraprovas laboratoriais ficassem prontas. Também cobrou a testagem em massa na refinaria, tanto de funcionários próprios como de terceirizados, e as informações sobre o monitoramento dentro da refinaria, entre outras providências feitas através de Comunicado Sindical (ofício).

 

Em resposta, a gestão se limitou a dizer que adota as “medidas necessárias para prevenção e combate à pandemia” e que “não há casos confirmados de Covid-19 na Repar”. Ainda afirmou que “os empregados citados no ofício foram preventivamente colocados em quarentena e foi planejada a realização de testes com acurácia adequada, conforme critérios médicos”.

 

O Sindicato, por sua vez, considera as ações da empresa insuficientes e irresponsáveis com relação à prevenção da proliferação do vírus e também que não cumprem com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

O laudo da primeira contraprova laboratorial saiu no sábado (09) e apontou ausência para presença do novo coronavírus, isso após sete dias do teste inicial. Na segunda-feira (11) o trabalhador refez a testagem rápida e novamente foi aferida a não contaminação. Curioso é o fato de que agora a gestão levou em consideração o resultado do teste rápido.

 

A contraprova do segundo caso em investigação foi concluída nesta segunda e também acusou a não infecção. O trabalhador ainda deve fazer uma terceira aferição por meio do teste rápido.

 

Ao desprezar os resultados das primeiras testagens e colocar apenas os casos em investigação em quarentena provisória, a gestão da Repar ignorou a possibilidade de infecção de outros trabalhadores e agiu com irresponsabilidade.

 

O Sindipetro Paraná e Santa Catarina reafirma seu compromisso de manter a categoria informada sobre os fatos que envolvem a pandemia. Também permanece com posição incisiva na cobrança das devidas ações de prevenção por parte da empresa, bem como a transparência no monitoramento dos possíveis casos de contaminação.

 

Davi Macedo

Sindipetro PR e SC