RH da empresa atendeu à reivindicação da FUP de depositar na conta dos aposentados e pensionistas o que foi descontado e não apenas 60%, como havia informado antes
Em reunião com o RH da Petrobrás na manhã desta segunda-feira, 08, para buscar uma solução para os descontos abusivos da AMS que vêm sendo efetuados nos contracheques dos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas, a FUP teve a garantia da empresa de suspensão desses descontos até março e da devolução integral dos valores descontados a título de saldo devedor do Benefício Farmácia.
A FUP também voltou a exigir transparência da empresa, cobrando que só efetue novos descontos referentes ao saldo devedor dos beneficiários após enviar o extrato completo com todos os valores para que possa haver a devida conferência por parte dos trabalhadores. A Petrobrás reafirmou que não realizará novos descontos até março.
Outra questão que a FUP destacou com veemência na reunião é que os valores da tabela da AMS que foram reajustados em janeiro, para atender a nova relação de custeio 60 x 40, não podem ser cobrados junto com outros descontos do grande risco.
“Os valores da nova tabela do Grande Risco não podem ser somados e descontados junto com os valores atrasados do Grande Risco, principalmente, porque os valores anteriores não foram descontados devido a erros da gestão da empresa”, explica o diretor da FUP, Paulo César Martin.
“Em plena pandemia, a prioridade da AMS tem que ser a cobertura do plano, mesmo que haja problemas referente ao seu custeio normal e ao pagamento de valores acumulados. Os ajustes necessários no custeio da AMS não podem inviabilizar a saúde e a sobrevivência dos usuários, principalmente os que têm menor remuneração, nem tampouco colocar em risco a capacidade financeira dos beneficiários de se manterem no plano de saúde”, ressalta.
As direções sindicais também apresentaram à Petrobrás uma proposta de parcelamento do saldo devedor que será analisada pela empresa e respondida na próxima reunião.
Nesta terça, 09/02, a FUP também terá uma reunião com o presidente da Petros, Bruno Dias, para buscar mais alternativas que minimizem o impacto dos descontos da AMS nos benefícios dos aposentados e pensionistas.
Principais reivindicações apresentadas pela FUP na reunião desta segunda com a Petrobrás:
> Os valores do saldo devedor do Benefício Farmácia têm de ser devidamente comprovados através de extratos analíticos transparentes para os beneficiários;
> Apurado corretamente o saldo devedor, o valor a ser cobrado deverá ser parcelado;
> Que haja garantia de revisão individual do pagamento e do parcelamento, caso o beneficiário constate cobranças indevidas;
> Que a Petrobras registre as devidas rubricas dos descontos no contracheque e no extrato, identificando os valores referentes aos descontos normais e os valores que estão sendo pagos do saldo devedor;
> Que, independentemente do total de descontos que o beneficiário tenha, esse valor, em hipótese alguma, seja superior ao limite legal de 40% da sua renda líquida, incluindo cobranças e pagamentos feitos através de boletos, como empréstimos pessoais e AMS.
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[Da imprensa da FUP].