A proposta da Petrobrás para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2013 soou como provocação, dada a sua insignificância perante as reivindicações da categoria, e serviu de combustível para a mobilização dos petroleiros da Repar, que estão em greve pelo aumento do efetivo próprio e em defesa da vida desde o dia 29 de setembro.
Ontem (02), em pleno feriado de finados, os trabalhadores da Refinaria lembraram das 16 mortes de companheiros somente neste ano no Sistema Petrobrás e intensificaram de duas para quatro horas o atraso na entrada dos turnos. O movimento se repediu durante toda esta quinta-feira (03) e abrangeu também os funcionários do administrativo. A previsão é que seja suspenso somente às 19h30, mas como a estratégia adotada é a de greve surpresa, a mobilização pode ser retomada a qualquer momento.
Além disso, dentro da Repar o protesto continua com a “Operação Gabrielli”, cuja operacionalidade consiste em cumprir rigorosamente todos os procedimentos de segurança previstos nas normas de SMS da Petrobrás, mas que são rotineiramente descumpridos pelas gerências. A operação acontece em âmbito nacional e tem o objetivo de pressionar a direção da Petrobrás e do governo a avançar no processo de negociação com a FUP e mostrar a força e disposição de luta dos trabalhadores, que já estão se preparando para uma greve por tempo indeterminado, com parada e controle de produção, para o próximo dia 16.