Trabalhadores estão dispostos a formar a contingência desde que a empresa negocie sobre as condições de trabalho e a pauta da greve
O auditório da sede do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, em Curitiba, ficou pequeno para receber o volume de trabalhadores que atenderam à convocação para participar da reunião sobre a greve, aspectos nacionais, o crescimento do movimento e a formação do contingenciamento do Sindicato, realizada no final da tarde de ontem (12).
Esse debate não é recente. Desde o dia 06 de janeiro, o Sindipetro e os petroleiros da Repar discutem em reuniões setorizadas e gerais sobre o trabalho durante a permanência da greve.
No encontro de terça, os trabalhadores demonstraram disposição para retomar as atividades, mas de forma organizada, segura e mediante a negociação entre empresa e sindicato sobre as condições da contingência.
Os petroleiros querem que a Petrobrás inicie as tratativas sobre a pauta da greve, iniciada no dia 1º de fevereiro em todo o país. As reivindicações do movimento são de que a empresa cumpra a cláusula 26 do Acordo Coletivo de Trabalho da Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen), cujo teor diz que “a Companhia não promoverá despedida coletiva ou plúrima, motivada ou imotivada, nem rotatividade de pessoal (turnover), sem prévia discussão com o Sindicato”.
Ainda está na pauta da greve o respeito aos fóruns de negociações instituídos pelo ACT – Grupos de Trabalho e Comissões, assim como a suspensão das medidas unilaterais tomadas pela Petrobrás (tabelas de turno, HETT, Banco de horas, PLR, transferências, etc.) e aplicação do previsto no ACT, quanto aos debates e resoluções bilaterais.