Petroleiros da Repar protestam contra privatizações na Petrobrás

Luiz Kurpiel

Atraso na manhã desta sexta-feira mobilizou os trabalhadores da refinaria na luta contra o desmonte da estatal.

 

 

A privatização da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, anunciada na noite da última quarta (25), motivou manifestações de petroleiros por todo o Brasil nesta sexta-feira (03). A categoria protestou contra o desmonte do Sistema Petrobrás.

 

A Reman foi vendida por US$ 189,5 milhões para a empresa Ream Participações, dos mesmos donos da Atem Distribuidora. O preço negociado pela Petrobras é cerca de 70% inferior ao seu valor em comparação com os cálculos estimados em estudo realizado pelo Ineep – Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

 

Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária-PR, os petroleiros atrasaram a entrada do expediente administrativo e a troca de turno da manhã em duas horas. “A venda da Reman nos alerta sobre a continuidade dos processos de privatizações das refinarias da Petrobrás. Na atual conjuntura, não é descartada a venda de nenhuma unidade, nem Repar, tampouco SIX. E podem ir também os terminais da Transpetro nas negociações. Por isso, temos que manter as mobilizações e seguir na campanha contra as privatizações e o desmonte do Sistema Petrobrás”, advertiu Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro PR e SC.

 

Manifestações similares aconteceram em várias outras unidades da Petrobrás espalhadas pelo país. O Sindicato também realizou protesto na Usina do Xisto e dirigentes do Paraná e Santa Catarina ainda participaram de manifestações na Rnest, em Pernambuco, e na Recap, em Capuava, região metropolitana de São Paulo.