Os petroleiros e petroleiras do Paraná e Santa Catarina estão empenhados na campanha “Defender a Petrobrás é Defender o Brasil”. A quarta (15) e quinta-feira (16) foram marcadas por protestos nas unidades da Transpetro nos dois estados da região Sul.
Os trabalhadores fizeram mobilizações com atraso na entrada no expediente/turno em duas horas nos terminais de Paranaguá (Tepar), Biguaçu (Teguaçu), Itajaí (Tejaí), São Francisco do Sul (Tefran) e Guaramirim (Temirim).
A campanha da categoria petroleira em defesa da Petrobrás tem o objetivo de lutar pelo cancelamento do plano de desinvestimentos e venda de ativos, recompor o efetivo de trabalhadores próprios e retomar as obras suspensas (Comperj, Fafen-MS, parte da Refinaria Abreu e Lima e as refinarias premium do Maranhã e do Ceará).
O ato no Tefran também lembrou a passagem dos 15 anos do maior acidente ambiental do Paraná. Em 16 de julho de 2000, 4 milhões de litros de petróleo poluíram os rios Barigui e Iguaçu a partir do vazamento de um duto que liga o Tefran à Repar. À época, a empresa tentou jogar a culpa nas costas dos trabalhadores ao divulgar que a causa foi decorrência de “erro humano e não cumprimento de normas operacionais”, quando, na verdade, o acidente foi reflexo da política de gestão que sucateava a empresa para facilitar a sua privatização.
Novas manifestações
Nesta sexta-feira (17) é a vez dos petroleiros(as) da Repar promoverem o protesto em defesa da Petrobrás, onde também será abordado os 15 anos do vazamento de petróleo nos rios Barigui e Iguaçu . As mobilizações continuam no dia 21 com manifestações na Usina do Xisto (SIX), em São Mateus, e no Ativo de Produção Sul, em Itajaí. No dia seguinte (22), o Edipar, em Curitiba, encerra os atos por unidade.
Esta etapa da campanha termina no dia 24 de julho, com paralisação de 24 horas em todas as bases da Petrobrás no país.