Manifestação aconteceu nesta terça-feira (27), em Quedas do Iguaçu, na região Oeste do Paraná.
Um grupo de petroleiros e petroquímicos ligados ao Sindipetro PR e SC e Sindiquímica PR participaram nesta terça-feira (27) do ato dos movimentos sociais, em Quedas do Iguaçu, na região oeste paranaense, para receber a Caravana “Lula pelo Brasil – Etapa Sul”.
No palco montado no centro da cidade, o presidente do Sindicato, Mário Dal Zot, fez um discurso para denunciar o crime de lesa pátria que o governo golpista de Michel Temer está praticando contra a soberania ao entregar as riquezas nacionais. “Já foi o Pré-Sal, sem disparar nenhum tiro, diferente de como fizeram no Iraque e estão fazendo na Síria. Aqui levaram de graça, a preço de banana o nosso petróleo do Pré-Sal, com toda nossa tecnologia indo para os norte-americanos e as grandes multinacionais petrolíferas”.
Mário destacou que essa entrega também ameaça o parque de refino nacional. “Estão fazendo isso também com o nosso refino. Por isso nós estamos pagando mais caro pela gasolina, óleo diesel e gás de cozinha depois do golpe de 2016. É a gestão golpista da Petrobrás que está fazendo isso, colocada lá pelo ilegítimo Michel Temer. Estão priorizando a importação dos derivados de petróleo”.
Atualmente o Brasil detém o quinto maior parque de refino mundo e o 8º mercado consumidor e, segundo Mário, toda essa indústria está sendo propositalmente prejudicada. “As refinarias de todo o Brasil estão trabalhando com cargas de produção baixas para favorecer a importação de combustíveis das multinacionais a um preço bem mais caro que o nacional. Os EUA passaram a ser o maior exportador de diesel para o Brasil nos últimos dois anos, isso explica a entrega que esses golpistas estão fazendo”, denunciou. “Mas nós não vamos deixar isso continuar. Com a união do campo e da cidade, venceremos o retrocesso nas urnas”, concluiu.
Em defesa dos direitos do povo e da democracia
O secretário nacional de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diretor do Sindipetro PR e SC, Roni Barbosa, destacou o empenho do campo popular na defesa da democracia. “É uma luta para que a gente consiga que o ex-presidente Lula tenha o direito de ser candidato. A maioria da população brasileira já escolheu seu candidato e a preferência é pelo Lula. Não tenham dúvidas, toda essa perseguição que a direita e os fascistas estão fazendo ao Lula é por medo da sua eleição neste ano”.
Para Roni, a união da classe trabalhadora é essencial na defesa dos direitos do povo. “Trabalhadores e trabalhadoras, do campo e da cidade, tem que se unir porque o projeto dos golpistas é muito pesado para cima da gente. Fizeram a reforma trabalhista, flexibilizaram direitos, estão entregando todas as estatais. Tem projeto de privatização da Eletrobrás e de venda das Fábricas de Fertilizantes. Na Petrobrás, estão desmontando a empresa. Tudo aquilo que os governos Lula e Dilma construíram ao longo de 12 anos, fortalecendo a indústria de exploração de petróleo, o que fez a maior descoberta de petróleo do mundo dos últimos tempos, com tecnologia brasileira, os golpistas estão destruindo.
Ato simbólico
Com a Praça de Quedas do Iguaçu repleta de gente, petroleiros, petroquímicos e representantes de movimentos sociais realizaram um ato simbólico de união dos trabalhadores do campo e da cidade na defesa da soberania nacional e da democracia.