Em assembleia unificada realizada na manhã desta terça-feira (28), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, petroleiros e petroquímicos que trabalham em horário administrativo na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), respectivamente, rejeitaram a proposta da Petrobrás para a compensação das horas referentes às vésperas de feriados.
A intenção da empresa seria estender a jornada em 15, 30 ou 60 minutos diários. No entanto, a decisão da assembleia foi de reiterar a compensação nos moldes como era feita anteriormente, ou seja, o ressarcimento das horas mediante diminuição do horário do almoço. A posição dos trabalhadores é de que os sindicatos não estão autorizados a negociar outra forma de compensação que não seja a redução do intervalo da refeição.
Apesar da deliberação da assembleia, os gestores das unidades devem aplicar a extensão da jornada a partir de hoje. “A empresa tem decidido unilateralmente a forma de compensação, à revelia da vontade dos trabalhadores e em descumprimento da cláusula 106 do ACT, que prevê a solução de conflitos locais pela via negocial. O Sindicato já impetrou uma ação coletiva na Justiça do Trabalho na qual pleiteia o pagamento de horas extras por conta das imposições da empresa”, explicou Mário Dal Zot, presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina.