A Direção Colegiada do Sindipetro Paraná e Santa Catarina realizou na tarde desta sexta-feira (04) uma manifestação em apoio aos estudantes que ocupavam o Colégio Estadual Lamenha Lins, em Curitiba.
Os petroleiros formaram um corredor na entrada da instituição, aplaudiram os alunos que saíam e entoavam palavras de ordem.
Um grande efetivo da Polícia Militar, superior a 50 oficiais, foi designado para acompanhar a reintegração de posse da instituição, em cumprimento da decisão da juíza Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, da 5.ª Vara da Fazenda Pública, que, atendendo pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE), estendeu o efeito da liminar que autorizou a reintegração de outras 23 escolas para mais 43 unidades e para o Colégio Estadual do Paraná (CEP).
A decisão da magistrada, baseada no direito de propriedade, considera que a escola pertence ao governo e não à sociedade. “Nós entendemos justamente o contrário. A escola pública é da sociedade. Infelizmente o judiciário paranaense parece estar a serviço do governo”, afirmou Mário Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC
O movimento conhecido como “Primavera Estudantil” ocupou mais de mil escolas em todo território nacional, a maioria no Paraná. Os estudantes protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 241, que propõe o congelamento por 20 anos dos investimentos públicos com saúde, educação, ciência & tecnologia, cultura, agricultura familiar, previdência, habitação e programas sociais, mas em nada altera o pagamento indiscriminado dos juros da dívida pública, que consome a maior parte do orçamento da União (+ de 40%) e nada mais é que um esquema gigantesco de corrupção legalizado que beneficia a minúscula parcela mais rica da sociedade.