Petróleo e energia em debate no Circo da Democracia

Será na próxima segunda-feira (08), às 14h00, na Praça Santos Andrade, em Curitiba

 

 

Entre os dias 05 e 15 de agosto, a Praça Santos Andrade, cartão postal de Curitiba, abrigará o Circo da Democracia, um grande fórum público para debater temas como educação, política, justiça, economia, petróleo e energia, arte, cultura e comunicação.

 

Os debates serão feitos numa estrutura circense, com picadeiro, acrobatas e malabaristas. O tema central é “A democracia é um constante equilíbrio e cada peça é fundamental”, uma vez que o objetivo do evento é levantar um debate acerca das consequências de um impeachment presidencial no Brasil.

 

A idealização é do grupo Advogados pela Democracia e conta com o apoio de mais de 100 entidades, entre elas o Sindipetro PR e SC, o Sindiquímica-PR, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos culturais, sindicais, sociais, estudantis e do campo. Pela grande adesão, o Circo também unifica a resistência às tentativas de retiradas de direitos sociais e trabalhistas, protagonizadas pelo governo interino de Michel Temer e pelo Congresso Nacional.

 

No dia 08 de agosto, o Circo terá o debate sobre petróleo e energia, organizado pelo Sindicato e entidades parceiras. O debate vai contar com apresentações de Deyvid Bacelar, ex-conselheiro administrativo da Petrobrás; Zé Maria Rangel, coordenador da FUP; e Cibele Vieira, secretária de formação da CNQ.

 

Cultura e participação

Ao longo dos 10 dias, a lona colorida do circo paranaense Zanchettini e sua arquibancada de mais de mil acentos darão espaço às conexões entre política e cultura. Estão previstos shows de artistas locais e nacionais, mesas de debate, rodas de conversa, exibições de filmes, exposições, peças de teatro, oficinas, entre outras atividades.

 

Está confirmada a presença de artistas nacionais e de ‘pratas da casa’, entre eles Carlos Careqa, Thaís Gulin, Banda Eddie, Oswaldo Rios e Orquestra Latino Americana – OLA, Thayana Barbosa, Garibaldis e Sacis, Maracatu Aroeira, Projeto Brasil, Samba do Sindicatis, além da trupe do circo Zanchettini. Todos se apresentarão gratuitamente, sem cobrança de cachê.

 

Para as mesas de debate, estão confirmadas lideranças políticas e intectuais de outros estados: Raquel Rolnik, arquiteta e urbanista e professora da USP; Marcelo Lavenére, ex-presidente do Conselho Federal da OAB; Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST; João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST; e Ciro Gomes, vice-presidente nacional do PDT.

 

Inspiração no processo Constituinte

Usar o circo como ambiente e linguagem para grandes debates de interesse público não é inédito no Paraná. A primeira experiência ocorreu em 1987, com o Circo da Constituinte, instalado também na Santos Andrade, além de outros quatro bairros de Curitiba. O processo ocorreu com apoio da prefeitura, na gestão de Roberto Requião (PMDB), a partir da iniciativa da Fundação Cultural, à época presidida por Carlos Frederico Marés de Souza Filho.

 

Nas memórias do professor, os sete meses de duração da primeira edição do circo intensificaram a participação popular na Constituinte, que, somada ao movimento nacional aflorado na época, resultou em uma Carta Magna “razoavelmente democrática”.