Absurdo!

Postos e distribuidoras multiplicam por seis o reajuste do ICMS na gasolina em Curitiba

A mudança na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS estadual) passou a vigorar no último sábado (1) e representou aumento de 10 centavos no preço do litro da gasolina vendido pela Petrobrás.

As distribuidoras e postos de combustíveis viram no reajuste uma oportunidade para elevar seus lucros e multiplicaram em pelo menos seis vezes o aumento nas bombas.

Em Curitiba, o preço médio da gasolina na semana anterior à alteração no ICMS era de R$ 6,35, mas a partir desta terça-feira (4) a maioria dos postos já cobrava R$ 6,99.

O presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Alexandro Guilherme Jorge, em entrevista ao Portal Bem Paraná, criticou a postura do empresariado do setor de combustíveis. “Infelizmente a gente tem visto, depois da privatização da BR Distribuidora, um avanço, principalmente na região sul e em especial nas capitais”, disse Jorge. “Teve o aumento definido pelos governadores, de 10 centavos no ICMS. Quando vem um repasse seis vezes maior, isso não se justifica, a não ser pelo apetite, pela maior margem de lucro, tanto de postos quanto de distribuidores”.

Alexandro afirmou não existir justificativa técnica nem econômica para essa escalada dos preços da gasolina na capital paranaense. “Já tem bastante tempo que a Petrobras não aumenta os preços (na refinaria). E não tem justificativa econômica dos custos de nenhuma dessas áreas do processo”, disse. “Estamos precisando de um Procon mais atuante, de uma ANP (Agência Nacional do Petróleo) mais atuante frente a esses aumentos definidos. Isso é papel do poder público”.

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, derivados de Petróleo, Gás Natural (Paranapetro) declarou que “os postos não podem comprar diretamente de refinarias – são obrigados a comprar das distribuidoras. Assim, o principal fator para variação de valores é a política de preços das distribuidoras”.

O Sindipetro PR e SC estuda oferecer denúncia sobre os aumentos abusivos da gasolina em Curitiba e a “padronização” dos preços aos órgãos competentes.

 

Por Davi Macedo