Princesas de Frozen vêm ao Paraná para cantar na surdina a privatização

Gestoras Elza e Ane visitaram a Repar para falar meio que às escuras sobre o processo de venda das unidades.

 

A tempestade vem chegando e já não sei

Não consegui conter, bem que eu tentei
Não podem vir, não podem ver
Sempre a boa menina deve ser
Encobrir, não sentir
Nunca saberão
Mas agora vão 

 

Como as luvas que impedem a princesa Elza de congelar tudo o que toca, a letra da música tema do desenho animado Frozen serve para ilustrar a visita secreta das gestoras Elza e Anelise à Repar para palestrar sobre o processo de privatização.

 

Até o nome das princesas da animação (Elza e Ana) são parecidos com os das profetas do apocalipse da Petrobras. A piada (de mau gosto) já veio pronta desta vez. Elza Kallas, velha conhecida da categoria aqui no Paraná por ter sido gerente geral da SIX, é gerente executiva industrial da Petrobrás e Anelise Quintão Lara é diretora de refino e gás da Companhia.

 

O roteiro já é conhecido. A conversa mole é idêntica à que foi feita no ano passado, quando o governo Temer anunciou a privatização das refinarias. Mudaram os carrascos, mas a lâmina é a mesma. Partem da premissa do entreguismo em nome do lucro, mas sem fundamentação concreta. Admitem que o motivo é político, mas compram e propagam o discurso de que é o que tem que ser feito.  

 

O pior é que tem alguns petroleiros que caem na cantoria. Acreditam cegamente nas declarações de que a refinaria continuará operando e que a privatização não os afetará, ocorrendo apenas uma troca de crachás. A história nos mostra que todo processo de privatização causa demissões coletivas para reduzir custos. É pura e simplesmente a lógica do sistema capitalista: produzir o máximo com o mínimo de custo.

 

Não existe solução individual, a saída é coletiva. Somente juntos e mobilizados na luta será possível impedir a venda das refinarias.